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Ação da Natura dispara na bolsa após anúncio de venda da Avon International

por Redação
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Apesar do preço, a Natura poderá receber até £60 milhões (cerca de R$ 430 milhões na cotação atual) em pagamentos adicionais condicionados ao desempenho futuro da empresa (earn-outs), segundo comunicado da companhia. O acordo também prevê pagamentos condicionais, que só serão realizados se a Avon International alcançar determinados resultados financeiros ou se ocorrerem eventos específicos de liquidez, como venda de ativos ou entrada de novos investidores. Após o anúncio, as ações da companhia de cosméticos dispararam na bolsa brasileira. Em um dia de agenda esvaziada depois das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, os papéis da Natura (NATU3) subiram mais de 16%, cotados a R$ 10,33. Outros termos do acordo Como parte do negócio, a Natura converterá a maior parte dos empréstimos concedidos à Avon International em capital da própria empresa, reforçando seu patrimônio antes da venda. O saldo restante será transferido para a compradora sem contrapartida, após o cumprimento de condições. A Natura também oferecerá à Avon International uma linha de crédito garantida de até US$ 25 milhões (cerca de R$ 123 milhões), com prazo de cinco anos e possibilidade de saque no primeiro ano após a conclusão da transação. A marca Avon e suas operações na América Latina permanecerão sob seu controle, incluindo direitos econômicos e propriedade intelectual. No caso do mercado russo, a companhia ainda avalia alternativas estratégicas. O fechamento da transação depende de aprovações regulatórias e está previsto para o primeiro trimestre de 2026. A transação, que envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana — reunidas sob o nome Avon Card — foi fechada com o Grupo PDC, empresa de bens de consumo presente na América Central e no Peru. A venda da Avon International e a alienação das operações na América Central integram a estratégia da Natura de simplificar sua estrutura e concentrar esforços na América Latina. A compra da Avon pela Natura Em maio de 2019, a Natura anunciou a aquisição da Avon Products em uma operação de troca de ações, que avaliou a empresa em US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões). A transação não incluiu as operações da Avon na América do Norte e no Japão. Com a conclusão da compra, em janeiro de 2020, foi criada a holding Natura &Co, que passou a reunir as marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, tornando a empresa o quarto maior grupo de beleza do mundo, avaliado em cerca de US$ 11 bilhões. Depois da fusão, a Natura &Co passou a atuar em mais de 100 países, com mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras, e faturamento anual acima de US$ 10 bilhões. Mas a estratégia não engrenou e a empresa começou a sofrer com queda de faturamento e dívida alta. “Falta de referência de liderança feminina foi um desafio”, diz vice da Natura

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