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Ainda não se pode dizer que ex-prefeito participou de atentado, diz polícia

por pedroosorio
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Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (17), a Polícia Civil de Taboão da Serra afirmou que, depois de quatro meses de investigação, tem indícios de que o atentado contra José Aprígio (Podemos), ex-prefeito de Taboão da Serra, na grande SP, foi articulado pelo próprio grupo político dele, mas que ainda não tem provas de que o ex-prefeito sabia da trama.

“Ainda não temos provas de que o ex-prefeito sabia do atentado, estamos investigando, mas houve uma montagem daquela situação para que aquilo pudesse ter uma reversão do aspecto político”, afirmou Hélio Bressan, delegado de polícia seccional de Taboão da Serra.

Segundo a polícia, os executores do crime já foram identificados. Um está preso e os outros dois foragidos. A operação deflagrada nesta segunda-feira (17) teve como alvos os mandantes do crime. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão.

Durante a operação, os agentes apreenderam armas na casa do ex-secretário de Taboão e irmão do ex-prefeito, Valdemar Aprígio. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de armas.

Na casa do ex-prefeito, os agentes encontraram 300 mil reais em espécie. Aprígio disse que o dinheiro é declarado. A polícia está investigando.


• Adriana de Luca

Outro alvo da operação foi o sobrinho do ex-prefeito, Cristian Lima Silva, que já foi investigado pela polícia de Alagoas por forjar um ataque contra si em 2020.

Ele é um dos principais suspeitos de forjar o atentado contra o tio. Segundo a polícia, ele estava no local do crime, disse que viu o atirador, mas não interviu. Além disso, o fotógrafo que estava dentro do carro filmou o prefeito sangrando, enviou o material no mesmo momento para Cristian e minutos depois a imagem foi publicada nas redes sociais.

“Como é que alguém que tá dentro do carro, para documentar aquilo que o prefeito estava fazendo, que era vistoria em obras. Quando o prefeito toma um tiro o camarada se preocupa em filmar. Quer dizer, ele tinha que estar preocupado em socorrer o prefeito. Não, ele estava simplesmente filmando e pouco tempo depois, questão de minutos aquele filme já estava rodando, já tinha sido enviado pra outra pessoa. Isso a investigação tá provando.”, afirmou o delegado.

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Ainda segundo a polícia, foi feita uma reconstituição no local do crime e a investigação apontou que os atiradores só agiram quando o prefeito entrou no carro blindado. “Tiveram várias oportunidades de atirar, quando ele estava do lado de fora do veículo”.

O delegado ainda informou que foi “um milagre” o prefeito ter sobrevivido. “Ele usava um marca-passo, mais um pouco o tiro teria sido fatal”, disse.

A polícia apreendeu computadores, celulares, armas e dinheiro. Com o material apreendido, vão investigar a participação dos envolvidos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Ainda não se pode dizer que ex-prefeito participou de atentado, diz polícia no site CNN Brasil.

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