Você se considera um profissional perfeito? Se considera uma pessoa perfeita? Já alcançou tudo que queria nas vidas pessoal e profissional? Se a resposta for sim, meus parabéns. Você chegou onde muitos gostariam. Mas a resposta mais comum a essas perguntas é não. 99,9% das pessoas querem mais, independente de onde estão. Sonhos e desafios surgem na medida que alcançamos os anteriores, e a busca por uma curva positiva de crescimento, conhecimento e amadurecimento é uma constante da vida.
Ok. Bacana. Pega-se esse cenário de busca de conhecimento e crescimento, e cruza com o cenário de conflitos que vivemos atualmente. E aí? Discussões políticas, discussões sobre pontos de vistas, polarizações, chegando ao cúmulo de observarmos discussões acaloradas entre pessoas querendo estabelecer quem é melhor no universo nerd, Marvel ou DC, fazendo inveja para as brigas de futebol e dos esportes, da religião e da política.
Mas por que chegamos a esse ponto? Muitas teses bem interessantes apontam o natural empoderamento da opinião das pessoas com o advento e fortalecimento das redes sociais. Antes, pouquíssimas pessoas tinham voz e eram curadores das opiniões e dos conteúdos. Hoje, qualquer um que tem um perfil em rede social pode expor sua opinião, e muitas vezes ela viraliza e chega em lugares onde antes era inimaginável.
Acho excelente esta certa democratização das vozes, e acho também natural que venham com conflitos de visões. Só não precisam ser tão acirrados. Um grande passo que podemos dar em relação à diminuição desses conflitos, ao mesmo tempo em que buscamos nosso crescimento pessoal, é tratar o outro como tendo algum conhecimento que eu não tenho, e entrar no diálogo (que não precisa ser sempre um debate), buscando compreender e absorver aquilo que a pessoa sabe e você não. Toda pessoa tem algum conhecimento sobre alguma coisa maior do que você, e você pode aprender com ela mesmo discordando de alguns de seus pontos de vista. Talvez até mude de opinião.
A partir do momento em que, como indivíduos, buscamos compreender o outro e absorver o que eles têm de melhor para oferecer, mesmo que “jogando fora” algo que não curte ou concorde com a pessoa, crescemos como indivíduo. Muita gente aponta a bolha que acontece nas redes sociais, onde os algoritmos nos direcionam só para o que gostamos e queremos ouvir. Mas será que ali está o que precisamos ouvir, o que nos vai fazer crescer, amadurecer e adquirir mais conhecimento? Acredito que não.
Acho que ainda temos muito a aprender com a internet, as redes sociais, e as outras pessoas, em especial as que, à priori, não concordamos. Buscando pontos em comum, focando nos elementos que nos unem com as pessoas (e não nos que nos afastam), e dando uma chance a essas interações, podemos evoluir e aprender. Garanto que essas experiências serão enriquecedoras, e fundamentais para sua vida pessoal e profissional.
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Ainda temos muito que aprender
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