O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (3) que, se o Congresso aprovar propostas de corte de gastos neste mês de dezembro, haverá uma redução do preço do dólar. “Ele [o dólar] tem um componente interno e um externo. Ontem, no mundo inteiro, nós tivemos um estresse maior por componente externo. Por isso eu acho que essas coisas são transitórias. O câmbio é flutuante, do jeito que ele sobe, ele cai”, declarou Alckmin. “Em relação ao interno, se Congresso der resposta rápida neste mês de dezembro aprovando as medidas – para cumprir o arcabouço de déficit primário zero, que reduzem despesas no curto, médio e longo prazo – não só zera o déficit agora, mas já prevê uma redução de despesas também nos próximos anos. À medida em que isso ficar claro, nós devemos ter uma acomodação do dólar, o câmbio mais baixo, acrescentou o vice-presidente”, acrescentou. O vice-presidente disse preferir o modelo americano para lidar com a inflação. Segundo ele, a autoridade equivalente ao Banco Central não leva em conta no cálculo preços de alimentos e energia. “Aí, sim, você tem uma cesta melhor para você avaliar a política monetária para evitar inflação”, defendeu. O vice-presidente Geraldo Alckmin — Foto: Cadu Gomes/VPR Alckmin voltou a defender a conclusão das negociações da revisão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que ainda não entrou em vigor apesar de mais de 20 anos de tratativas. “A posição do Brasil e do Mercosul é favorável. Nós entendemos que é um ganha-ganha, bom para o Mercosul, bom para a União Europeia e bom para o mundo, para geopolítica mundial, fortalece o multilateralismo”, afirmou. O governo brasileiro trabalha para anunciar o término da revisão do acordo na próxima sexta-feira (6), durante o encontro de presidentes do Mercosul no Uruguai. O encontro até o momento não consta na agenda da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Entenda o que câmbio flutuante
Alckmin diz que, se o Congresso aprovar cortes de gastos, haverá ‘acomodação’ do dólar
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