No entanto, a avaliação ambiental que permite a inclusão dessas áreas vence no dia seguinte, em 18 de junho. Lula critica IBAMA e defende exploração de petróleo na margem equatorial 🚩As áreas de petróleo dependem de avaliações ambientais ou manifestações conjuntas dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente para serem incluídas em leilões. As manifestações têm validade de cinco anos. 🚩No caso da Foz do Amazonas, há uma manifestação conjunta das pastas para os setores que vão ser leiloados pela ANP. O documento vence no dia 18 de junho. Esse documento foi assinado em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na manifestação, as pastas apontam riscos associados ao vazamento de petróleo no mar: a chegada do óleo no litoral, o que afetaria manguezais e áreas de conservação, como o Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá; o derramamento em áreas mais distantes do litoral, atingindo águas da Guiana Francesa e outros países. Apesar dos riscos, os ministérios aprovaram a inclusão das áreas para leilão, mas indicaram que seria necessário analisar os cenários “em detalhe” no licenciamento ambiental. “Além de ser necessário investir na compreensão da dinâmica [das marés], essas condições oceanográficas podem limitar ou mesmo impedir a viabilidade de estratégias de combate a derramamentos de óleo, como a utilização de barreiras flutuantes para contenção e recolhimento de hidrocarbonetos”, concluem. Além da bacia da Foz do Amazonas, outras áreas ambientalmente sensíveis estão com manifestação vencendo. É o caso da bacia do Parecis, entre o Mato Grosso e Rondônia, por exemplo. Ao todo, 145 áreas a serem leiloadas estão com a manifestação conjunta prestes a vencer. Pressão do governo “Não é que eu vou mandar explorar [o petróleo], eu quero que ele seja explorado”, afirmou. “Agora, antes de explorar, nós temos que pesquisar”, completou Lula. O presidente afirmou que há a previsão de uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama na semana que vem para analisar a viabilidade da Petrobras começar esse trabalho. O presidente chamou a demora do Ibama em conceder a licença de “lenga-lenga”. “O que não dá é para a gente ficar nesse ‘lenga-lenga’. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo. […] A Petrobras é uma empresa responsável, tem a maior experiência de exploração em águas profundas, vamos cumprir todos os ritos necessários para que não cause nenhum estrago na natureza”, prosseguiu.