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Antes de operação, MP de Contas alertou institutos de previdência social sobre aplicações no Banco Master

por Redação
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Segundo a apuração do MPC-SP, os institutos de previdência de Cajamar, Araras, Santa Rita d’Oeste, Santo Antônio de Posse e São Roque investiram cerca de R$ 218 milhões em títulos de renda fixa do Master, a maior parte dessas aplicações feita em 2024. O procurador responsável manifestou preocupação com o risco de perda do patrimônio desses institutos, no caso de possível decretação de falência do banco. A reportagem pediu posicionamento à Prefeitura de Cajamar, ao Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar e ao TCE-SP, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. Operação Daniel Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. Procuradas pela reportagem, a defesa dele e a assessoria do banco ainda não se manifestaram. Na manhã desta terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master — Foto: Reprodução A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da possibilidade de fuga dele. Ele seguiu direto do terminal da aviação executiva para pegar um avião particular com destino a Malta. Para a PF, não há dúvidas de que ele estava em fuga – não porque soubesse da operação desta terça, mas porque queria estar longe depois que a notícia da venda do Master fosse tornada pública. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a “viabilidade econômico-financeira”. A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias100% das preferenciais e58% do capital total do Master.

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