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Ao lado de Milei, Trump cita o Brasil e diz que teve boa conversa com Lula

por Redação
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Ao ser questionado sobre o motivo de apoiar a Argentina, Trump afirmou que os Estados Unidos não precisam ajudar países da região, mas que decidiu fazê-lo por considerar importante para o continente. “Se a Argentina for bem, outros vão seguir o exemplo. E muitos outros já estão seguindo”, afirmou. Em seguida, Trump disse que países sul-americanos estão se aproximando dos Estados Unidos e citou o Brasil como exemplo. “E o Brasil, tive uma conversa muito boa com o presidente [Lula]. Eu o encontrei nas Nações Unidas antes de subir para discursar”, afirmou. Trump também criticou o grupo dos BRICS, formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente norte-americano afirmou que o bloco representa uma tentativa de enfraquecer o domínio do dólar no comércio global. “Estão todos saindo dos BRICS. Era um ataque ao dólar. Eu disse: ‘querem jogar esse jogo? Vamos colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos’. Eles disseram: ‘estamos fora dos BRICS’. E agora ninguém mais fala disso”, afirmou. Conversa por telefone Lula e Trump — Foto: Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters Lula e Trump conversaram por telefone em 6 de outubro. A ligação durou cerca de 30 minutos e tratou de temas econômicos, incluindo as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo o governo brasileiro, Lula pediu que Trump revisse as tarifas, além das sanções a autoridades brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mais tarde, no mesmo dia, Trump disse que pretende visitar o Brasil em breve. Ele chamou Lula de “bom homem” e afirmou que os dois devem fechar acordos comerciais. “Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. (…) Em algum momento eu vou [para o Brasil], e ele [Lula] vai vir aqui… Nós conversamos sobre isso.” O tom amistoso contrastou com a recente crise na relação entre os dois países, que se agravou após o anúncio das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Trump vinha criticando o Brasil pelo que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Lula, por sua vez, chegou a sugerir que o presidente americano queria ser o “imperador do mundo” e criticou o que classificou como “sanções arbitrárias” e “ataques à soberania”. A mudança na relação entre os dois começou na Assembleia Geral da ONU, no dia 23 de setembro, após um breve encontro nos bastidores. A expectativa é que Lula e Trump façam um encontro presencial em breve. Infográfico – A química entre Lula e Trump. — Foto: Arte/g1 Ajuda à Argentina A reunião entre Milei e Trump nesta terça-feira, na Casa Branca, ocorre cerca de uma semana após os Estados Unidos terem concordado em conceder à Argentina uma ajuda financeira de US$ 20 bilhões. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que o apoio americano ao país sul-americano virá por meio de um acordo de swap cambial com o banco central argentino. A ajuda financeira à Argentina é vista como um movimento atípico dos EUA, sobretudo sob uma administração que vinha evitando grandes intervenções no exterior. Segundo a Casa Branca, o acordo faz parte de uma estratégia para estabilizar um aliado-chave na região. A decisão, porém, tem provocado críticas dentro do próprio país. Agricultores americanos, por exemplo, lembraram que a China redirecionou as compras de soja dos EUA para a Argentina neste ano. Ao ser questionado sobre um possível acordo de livre comércio com a Argentina, Trump afirmou que não descarta a possibilidade: “Sim, isso é possível”. Trump e Milei em encontro na Casa Branca — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

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