O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes. A última alta mensal do índice tinha sido em abril, quando o IBC-Br atingiu os mesmos 0,4%. Os meses seguintes foram de queda (veja no gráfico abaixo). Na parcial do ano, até agosto, o índice registrou alta de 2,6%.Em 12 meses, até agosto, o aumento foi de 3,2%. EVOLUÇÃO DO IBC-Br Resultados na comparação com o mês anterior (após ajuste sazonal) Fonte: Banco Central Veja abaixo o desempenho setor por setor em agosto: Agropecuária: – 1,9%Indústria: 0,8%Serviços: 0,2% ➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem uma metodologia diferente (veja mais abaixo nessa reportagem). ➡️Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem-estar social. PIB cresce 0,4% no segundo trimestre Desaceleração esperada da atividade A desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre deste ano já era esperada tanto pelo mercado financeiro quanto pelo Banco Central, diante do elevado nível da taxa de juros. ▶️O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um “elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]”. ▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada no início de agosto, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação. ▶️O Banco Central também informou que a atividade econômica doméstica “tem indicado certa moderação no crescimento e, ao mesmo tempo, apresentado dados mistos entre os setores e indicadores”. PIB X IBC-Br Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, pode haver mais pressão inflacionária, o que contribuiria para conter a queda dos juros.