A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 247,9 bilhões em outubro deste ano, informou nesta quinta-feira (21) a Receita Federal. O resultado representa um aumento real de 9,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 225,9 bilhões (valor corrigido pela inflação). Essa também foi a maior arrecadação já registrada para meses de outubro desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, ou seja, em 30 anos. Arrecadação federal Resultados para meses de outubro – valores corrigidos pela inflação Fonte: Receita Federal A arrecadação recorde ocorre após o governo ter adotado medidas em 2023, algumas delas aprovadas no Congresso Nacional. Entre as ações tomadas no ano passado, estão: Segundo a Receita Federal, o desempenho da arrecadação neste ano também está relacionado com “comportamento das variáveis macroeconômicas”, ou seja, pelo crescimento da economia — que tem surpreendido positivamente os economistas. ‘Principais diretrizes já foram dadas pelo presidente’, diz Rui Costa sobre corte de gastos Parcial do ano Nos dez primeiros meses de 2024, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 2,18 trilhões — sem a correção pela inflação. Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 2,21 trilhões de janeiro a outubro, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 2,02 trilhões. Nos dez primeiros meses deste ano, a arrecadação também bateu recorde histórico para o período. Equilíbrio das contas A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, não haverá descumprimento da meta se houver déficit de até R$ 28,75 bilhões. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul.Há, ainda, R$ 514,5 milhões foram direcionados para o combate a incêndios, principalmente no pantanal e na na Amazônia.Também foi concedido um crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).