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Betim-MG: Com a palavra o Prefeito de Betim

por Redação
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Vittorio Medioli
→ Agradeço por tudo.
Trabalhar muito não me fez envelhecer, não me adoeceu, não me fez deprimir
→ Há cinco meses, deixei de comentar a minha cidade, Betim, nesta coluna. Volto a ela, Cidade do Bem, e a uma vitória em primeiro turno nas eleições, depois das duas que venci pessoalmente, em 2016 e 2020, a última com 76,3% dos votos válidos.
O candidato que apoiei, juntamente com minha equipe, para manter Betim no “rumo certo”, Heron Guimarães, contou com o voto da maior parte da população, já na primeira rodada. Além das inequívocas qualidades de Heron, o recado das urnas: consolidar e ampliar a transformação da cidade, ocorrida nos últimos oito anos, quando a tiramos das cinzas e do abandono para um crescimento mais do que “chinês” e para uma qualidade de vida entre as melhores de Minas. Os principais beneficiados foram aqueles que mais precisavam de um clima social e um ambiente econômico atentos e acolhedores.
Em 2017, assumi o governo com milhares de desempregados, o comércio em estado de falência, uma criminalidade assombrosa, um êxodo de atividades econômicas, pequenas e grandes, para outros locais, menos hostis aos fatores de desenvolvimento, emprego e, acima de tudo, dispostos a conter a prática de “criar dificuldade para gerar facilidade”, ou seja, a corrupção, o velhaco uso do poder. Havia, ainda, os insensíveis ao dever de dar todos os cuidados à saúde e à educação, que estavam em frangalhos. Tudo ocorrendo num país que lidera o ranking mundial da burocracia – das dificuldades sem as quais não haveria uma avenida aberta para a corrupção, que vai da mais cruel à mais requintada do planeta.
O Brasil conta com o maior número de leis e de órgãos de “controle”, engendrados para gerar os pedágios mais caros e insanos do globo. Corrupção duplamente destrutiva, por atrasar e dissuadir o progresso e, assim, determinar uma penalização social arrasadora.
Não poderia ser diferente quando se elegem governantes com extensa ficha corrida e parlamentares notadamente criminosos. É de cima que caem as desgraças maiores. O excesso de burocracia tacanha gera uma elitização de oportunidades e um fortalecimento da corrupção que pastoreia nos Três Poderes constitucionais.
A qualidade dos serviços públicos e sua confiabilidade, em Betim, melhoraram muito. Não são perfeitos, mas possibilitaram que a receita própria do município aumentasse 300%, com tendência futura ainda maior.
Conseguimos atrair a obra de um grande aeroporto, sem gastar um real público, integralmente pela iniciativa privada, e, ainda, a ampliação do parque industrial, logístico e comercial numa escalada vertiginosa, além dos melhores índices “chineses”. Isso sem apoios externos. Estamos deixando viabilizados 20 parques ecológicos, associados ao lazer e à tecnologia, reservando mais de 64 milhões de metros quadrados, que garantirão o ramo turístico, fortalecendo a preservação do patrimônio da biodiversidade.
Betim em oito anos pagou sua monstruosa dívida pública, num valor de R$ 2 bilhões, equivalente a 1,4% da receita anual municipal de 2016. Podemos comparar o desafio vencido à situação do Estado de Minas Gerais, que permanece sem quitação e, ao contrário, em contínuo aumento. Deixarei para o próximo prefeito cerca de 80 obras, como o Rodoanel Metropolitano de 28,4 km, já consolidadas e com mais R$ 700 milhões em caixa para executá-las.
Reestruturou-se em Betim o sistema previdenciário, tornando-o sólido, capitalizado e o mais viável do país. O município ergue-se como o mais produtivo do Estado de Minas, alcançando um valor agregado fiscal em 2023 que deixou Belo Horizonte 40% menor que Betim; nesse item, a cidade equivale à soma de uma Belo Horizonte e uma Juiz de Fora, apesar de ter menos de 15% da soma da população das duas cidades.
A vitória de Heron Guimarães, entretanto, não foi fácil como se imagina, por uma razão: os obstáculos gerados pelas organizações que se alimentam da “corrupção” – hostis e inconformadas com o modelo probo praticado nos últimos anos.
Meu governo não ficou quieto com corruptos, denunciou-os, sem, contudo, encontrar respaldo em quem deveria investigá-los, puni-los e afastá-los do ambiente público. Continuam soltos, despudorados e sugando grandes e pequenos municípios.
Difícil medir a extensão do mal e da podridão, mas fica claro que estão agasalhados por forças poderosíssimas, incrustadas no tecido público. O narcotráfico não se satisfaz mais com os lucros exorbitantes gerados pelo comércio dos entorpecentes, quer dominar o país, e será o maior desafio nacional no futuro iminente.
Betim entrou no grupo de elite da qualidade dos serviços públicos e tem planos em atos para melhorá-los significativamente, sem viés ideológico, apenas para proporcionar maior qualidade de serviços à população.
Tem um planejamento seguro e detalhado de acolhimento da expansão de atividades econômicas e métodos de vanguarda.
Afinal, considero-me com missão e dever cumpridos, que me deram uma grande felicidade por ter eliminado muitos sofrimentos, por ter dado uma ótima estrutura educacional, uma reestruturação do setor de saúde (ainda em curso) e um crescimento exponencial da economia local, com geração de empregos e de receitas públicas, pela expansão das oportunidades, e não pelo aumento da carga.
Realizamos e entregamos 24 novos postos de saúde, outros seis em construção, 20 creches melhores que as da Escandinávia, dez escolas integradas em construção, sem igual no Brasil, o Centro de Maternidade dos melhores do país, nove viadutos e trincheiras, outros oito em construção, Vias intermunicipais por 28 km sem ajudas externas, ao mesmo tempo em que liquidamos uma dívida monstruosa (1,4% da receita anual), inclusive a previdenciária. Tudo isso numa fase dita “impossível”, que mudamos numa época áurea para a nossa população.
Heron, eleito pela vontade de continuação e pelo seu perfil sóbrio, honesto e responsável, levará Betim a ser uma locomotiva de progresso social sem precedentes.
Vou trabalhar muito nos próximos 70 dias para deixar o mandato com alegria.
Trabalhar muito não me fez envelhecer, não me adoeceu, não me fez deprimir. Apesar de ter dispensado salário, reembolsos, não ter tirado quaisquer férias, esse momento “final”, dos 65 aos 73 anos, me deu muita felicidade ao ver o Bem usando sua força e poder transformador.
Minha gratidão eterna a todos que estiveram nessa missão.
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Matéria/Fonte: Vittorio Medioli
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