Em visita à China, presidente do Brasil se encontrou com Xi Jinping nesta terça-feira (13). Para o professor Marcus Vinicius de Freitas, para o Brasil, este é um “momento é bom, mas também complicado”, nas suas palavras. Em entrevista ao podcast O Assunto, ele lembra algo que os chineses gostam de dizer: quando dois elefantes brigam, quem sofre é o solo — e o solo, no sentido deste embate entre Estados Unidos e China, é o mundo inteiro. Ouça no player acima a partir do minuto 33. “O Brasil tem uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo. Porque a bênção é no sentido de que muitos dos produtos que os Estados Unidos exportam para a China, o Brasil pode ser um substituto.” “E a maldição é que os EUA podem querer retribuir ou tornar a situação do Brasil mais difícil e mais complicada justamente por essa possibilidade de o Brasil ser um substituto à altura ou imediato dos Estados Unidos”, complementa ele, que é professor visitante da Universidade de Relações Exteriores da China. Para Marcus Vinicius, a China pretende ter com o Brasil uma relação de longo prazo. Ele complementa afirmando que os dois países têm uma sinergia que outras nações não teriam. “Então o Brasil pode ser e deve ser um parceiro importante para a China. A gente não pode esquecer que o BRICS dá uma folhagem diferente para o Brasil como país emergente, uma vez que o Brasil jamais teria a mesma voz ativa que tem no BRICS dentro do G7, por exemplo.” “Então a China olha para o Brasil numa expectativa de construir uma parceria de longo prazo.” O que você precisa saber: Trégua entre EUA e China afasta risco de recessão? Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de boas-vindas, no Grande Palácio do Povo. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República