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Chacina de Unaí: Justiça concede prisão domiciliar para Antério Mânica

por Redação
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Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais confirmou que Mânica foi liberado da Penitenciária de Unaí nessa quinta-feira (28), por volta das 16h30. Chacina vitimou auditores fiscais do trabalho. ‘Chacina de Unaí’: Antério Mânica se entrega à polícia
Reprodução/TV Globo
A Justiça concedeu prisão domiciliar para Antério Mânica, condenado como um dos mandantes do crime conhecido como “Chacina de Unaí”, que vitimou auditores fiscais do trabalho, em 2004.
A Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais confirmou que ele foi liberado da Penitenciária de Unaí nessa quinta-feira (28), por volta das 16h30.
O cumprimento da pena em regime domiciliar foi autorizado por questões de saúde, mas o sentenciado precisa respeitar algumas condicionantes, como não deixar o país.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para ter outros detalhes sobre a decisão judicial, mas até a atualização mais recente desta reportagem o TJMG afirmou que estava em contato com a Comarca de Unaí para verificar as informações.
Pena e prisão
Mânica está preso desde 16 de setembro, quando se entregou à Polícia Federal, em Brasília. No dia 13, o TRF6 tinha determinado a prisão imediata dele e do irmão, Norberto Mânica, também condenado pela Chacina de Unaí.
Em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou, de 64 para 89 anos, a pena de Mânica e determinou também a execução imediata da punição. Ele tinha sido condenado a 64 anos de prisão em maio de 2022 por quádruplo homicídio triplamente qualificado, com direito a recorrer em liberdade.
Antes, em novembro de 2015, ele já havia sido condenado a 100 anos de reclusão, no entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou um novo julgamento.
Sobre a chacina
O crime conhecido como “Chacina de Unaí” ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando auditores fiscais do trabalho, que investigavam denúncias de trabalho escravo, e o motorista que os acompanhava foram assassinados em uma emboscada.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram mortos na região rural de Unaí.
Os irmãos Antério Mânica, que é ex-prefeito da cidade, e Norberto Mânica foram condenados como os mandantes do crime.
Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro, Rogério Alan Rocha, Erinaldo Silva e William Gomes de Miranda também foram condenados por participação nos assassinatos.
Quatro fiscais do Ministério do Trabalho foram mortos em 2004, na Chacina de Unaí
Reprodução/TV Globo
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