Segundo o Ministério do Comércio, a decisão busca fortalecer o sistema global em um cenário marcado por disputas tarifárias e iniciativas protecionistas de países que limitam importações. Há anos, os EUA defendem que a China renuncie ao status de país em desenvolvimento, por ser a segunda maior economia do mundo. Esse enquadramento na OMC garante exigências mais flexíveis para abertura de mercados e prazos estendidos para aplicar medidas de liberalização. 🔎 A OMC funciona como espaço de negociação do comércio internacional e garante a aplicação dos acordos, mas sua eficácia vem diminuindo, o que levou a crescentes apelos por reforma. A direção da organização, com sede em Genebra, classificou a decisão chinesa como “uma notícia de grande importância para a reforma da OMC” e agradeceu ao país em uma publicação no X. “Este é o resultado de muitos anos de trabalho árduo”, escreveu Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da entidade. Apesar da mudança, a China segue se classificando como país de renda média, e o Ministério do Comércio ressaltou que ainda integra o grupo de nações em desenvolvimento. Nos últimos anos, a China passou a ser uma fonte relevante de empréstimos e apoio técnico para países que buscam erguer estradas, ferrovias, barragens e outros grandes projetos — em geral executados por estatais chinesas. Pessoas participam de uma cerimônia de hasteamento de bandeira durante um desfile militar para marcar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, 3 de setembro de 2025 — Foto: REUTERS/Tingshu Wang
China deixa de reivindicar status de ‘país em desenvolvimento’ para fortalecer OMC diante de tarifas de Trump
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