“Segundo o que foi acordado pela China e pelos Estados Unidos, (…) o vice-primeiro-ministro He Lifeng liderará uma delegação na Malásia de 24 a 27 de outubro e participará de negociações econômicas e comerciais com os Estados Unidos”, informou o Ministério do Comércio chinês em comunicado. A Malásia receberá a partir de domingo (26) a reunião de cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que terá a presença do presidente americano, Donald Trump. Segundo o ministério chinês, as negociações na Malásia abordarão “questões importantes relacionadas com as relações econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos”. Trump diz acreditar em acordo comercial com a China “Acho que vamos fechar um acordo”, disse Trump a repórteres em reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte. O republicano também declarou esperar algum entendimento com a China para retomar as compras de soja dos EUA. Após vários meses de trégua, China e Estados Unidos voltaram a travar uma nova batalha comercial este mês, depois que Pequim anunciou um controle maior sobre as exportações de terras raras e tecnologias relacionadas. Trump respondeu com a ameaça de impor tarifas adicionais de 100% sobre todas as importações da China e cancelar um encontro com seu homólogo Xi Jinping. China lança novo plano quinquenal A liderança do Partido Comunista da China anunciou nesta quinta-feira que vai priorizar a construção de um sistema industrial moderno e acelerar a autossuficiência tecnológica, buscando reduzir a dependência de exportações e fortalecer o país na disputa com os Estados Unidos. O plano faz parte das diretrizes econômicas para os próximos cinco anos, definidas em uma plenária que também promoveu a maior troca de cargos desde 2017, em meio a um combate à corrupção militar. O comunicado oficial destacou a manufatura avançada e a inovação científica como eixos centrais do desenvolvimento, deixando em segundo plano medidas de estímulo ao consumo interno — ainda fraco diante da desaceleração econômica e da queda nos investimentos. Pequim prometeu também melhorar o bem-estar social, mas sem detalhar fontes de financiamento. Analistas apontam que o foco continua no lado da oferta, com investimentos em indústria e tecnologia, enquanto o consumo das famílias segue abaixo da média global. *Com informações da agência France-Presse e Reuters Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim — Foto: Tingshu Wang/Reuters
China e EUA anunciam negociações comerciais na Malásia
China e EUA anunciam negociações comerciais na Malásia