🔎 O superávit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam acima das despesas do governo. Se as receitas ficam abaixo as despesas, o resultado é um déficit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública. O resultado representa uma piora em comparação com outubro do ano passado, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 43 bilhões (corrigido pela inflação).Esse foi o pior resultado, para meses de outubro, desde 2023, quando foi apurado um superávit primário de R$ 20 bilhões. 📈 Os números mostram que a receita líquida (após transferências aos estados e municípios) subiu 4,5% em termos reais em setembro, atingindo R$ 229 bilhões – impulsionada pela arrecadação recorde no período (que contou com a alta do IOF). 📈 Ao mesmo tempo, também foi registrado aumento de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024. As despesas totais somaram R$ 192,4 bilhões em setembro, com uma alta real de 9,2%. Parcial do ano No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 63,74 bilhões. 🔎Isso quer dizer que as despesas ficaram acima das receitas no período, sem contar o pagamento de juros da dívida pública. Com isso, houve uma pequena piora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o resultado negativo somou R$ 65,85 bilhões (valor corrigido).Esse também foi o pior resultado, para este período, desde 2022, quando foi registrado um superávit de R$ 70,8 bilhões nas contas do governo (resultado ajustado pela inflação). 📈 Nos dez primeiros meses deste ano, houve um aumento real de 3,7% na receita líquida, após as transferências constitucionais a estados e municípios, totalizando R$ 1,91 trilhão. 📈 Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 1,98 trilhão de janeiro a outubro deste ano, com uma alta real de 3,3% no período. Meta fiscal O resultado até outubro deste ano está distante da meta fiscal deste ano, que é de zerar o déficit nas contas do governo. ➡️Pelas regras do arcabouço fiscal, entretanto, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31,3 bilhões. Essa é uma banda existente em relação ao objetivo central. ➡️Para fins de cumprimento da meta fiscal, também poderão ser excluídos outros R$ 44,5 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. ➡️Na prática, portanto, o governo poderá registrar um resultado negativo de até R$ 75,8 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. ➡️Na semana passada, a equipe econômica estimou que as contas do governo terão um déficit de R$ 75,7 bilhões em 2025, ou seja, no limite da meta autorizada para este ano.

