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Contas externas registram déficit de US$ 9,8 bilhões em setembro, o pior resultado desde o início do ano

por Redação
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O resultado é o pior do ano e também representa uma piora em comparação ao mês anterior, quando o déficit foi de US$ 7,4 bilhões em setembro de 2024. 🔎As contas externas são calculadas pela soma de tudo o que o país paga e recebe em transações com outros países. Com essa base de comparação, diz a autoridade monetária, o saldo da balança comercial — diferença entre as importações e exportações — de bens diminuiu US$ 2,2 bilhões e o déficit em renda primária aumentou US$ 946 milhões. Contas externas têm déficit de US$ 4,7 bi em agosto; Em Ponto repercute resultado com economista Esse montante da renda primária foi parcialmente compensado pelo recuo de US$ 640 milhões no déficit em serviços e pelo aumento de US$ 115 milhões no superávit em renda secundária. Nos doze meses encerrados em setembro de 2025, o déficit em transações correntes somou US$ 78,9 bilhões (3,61% do PIB), contra US$ 76,6 bilhões (3,53% do PIB) em agosto e US$ 49,8 bilhões (2,23% do PIB) em setembro de 2024. Em coletiva de imprensa, a autoridade monetária explicou que, sim, há impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos à compra de produtos brasileiros no déficit registrado em setembro, mas outros fatores indiretos também contribuíram para o resultado. “Há impactos do aumento de tarifas de importação, eles se refletem na redução da exportação do Brasil para os EUA, mas há outros impactos, impactos indiretos. O exportador não consegue vender para um determinado cliente, busca outros clientes”, disse o BC. Dessa forma, as exportações para outros mercados em setembro foi mais intensa do que a redução das importações para os Estados Unidos. Entenda os números As transações correntes incluem fluxos de dinheiro do Brasil com o resto do mundo. Ou seja, abarca exportação, importação de bens e serviços, envio e recebimento de lucros e juros, além de gastos com viagens. Balança comercial de bens: Foi superavitária em US$ 2,3 bilhões em setembro de 2025, ante superávit de US$ 4,5 bilhões em setembro de 2024. As exportações de bens somaram US$ 30,7 bilhões, aumento de 7,0%.Conta de serviços: O déficit totalizou US$ 4,9 bilhões em setembro de 2025, ante déficit de US$ 5,5 bilhões em setembro de 2024, redução de 11,6%. Segundo o BC, houve recuos nas despesas líquidas de transporte, 7,0%, que somaram US $1,4 bilhão, e de serviços de telecomunicação, computação e informações, 12,2%, que somaram US$ 735 milhões. Renda primária: Déficit somou US$ 7,6 bilhões em setembro de 2025, 14,1% acima do déficit de US$ 6,7 bilhões de setembro de 2024. As despesas líquidas com juros somaram US$ 2,3 bilhões, 5,9% inferiores às registradas em setembro de 2024, US$ 2,4 bilhões. Em agosto de 2025, exportações somaram US$ 86,3 milhões e as importações US$ 1,32 bilhão no estado do Amazonas. — Foto: Bruno Leão/Sedecti Investimentos e Reservas Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$ 10,7 bilhões em setembro de 2025, o que significou o maior valor para meses de setembro da série, ante US$ 3,9 bilhões em setembro de 2024. Já os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 8,8 bilhões, com US$ 4,2 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 4,6 bilhões em lucros reinvestidos. Os investimentos em carteira no mercado doméstico, por sua vez, totalizaram ingressos líquidos de US$ 4,4 bilhões em setembro de 2025, resultado de saídas líquidas de US$ 572 milhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$ 5 bilhões em títulos de dívida. As reservas internacionais somaram US$ 356,6 bilhões em setembro de 2025, o que representa um aumento de US$ 5,8 bilhões em relação a setembro. Segundo o BC, alguns fatores contribuíram para aumentar as reservas, como o estoque o retorno líquido em operações de linhas com recompra, US$ 2,8 bilhões; as receitas de juros, US$ 782 milhões; as variações por paridade, US$ 1,7 bilhão; e a variação por preço, US$ 288 milhões.

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