Segundo o instituto, as maiores quedas foram observadas em Roraima, onde a taxa de desemprego caiu de 5,9% nos três meses encerrado em junho para 4,7% no terceiro trimestre, um recuo de 1,2 ponto percentual (p.p.). Já em Tocantins, a desocupação saiu de 5,3% para 3,8%, queda de 1,5 p.p.. As demais unidades da federação registraram oscilações menores. Veja abaixo. O IBGE ainda informou que a média geral de desemprego no Brasil foi de 5,6%, o menor patamar registrado pelo índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. 🔎 O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais. Segundo o analista William Kratochwill, o terceiro trimestre costuma ser um período de ajuste no mercado de trabalho, para que as empresas se preparem para as demandas do fim do ano. “A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, explicou. Desemprego é maior entre mulheres e pessoas pretas A pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira também comparou os níveis de desemprego segundo gênero, cor ou raça e nível de escolaridade. Segundo o instituto, enquanto a taxa de desocupação entre mulheres ficou em 6,9% no trimestre encerrado em setembro, o desemprego entre homens ficou em 4,5% no período — uma diferença de 2,4 pontos percentuais. Já na comparação por cor ou raça, a desocupação é maior entre pessoas pretas e pardas. Veja abaixo: Brancos: 4,4% (abaixo da média nacional)Pretos: 6,9% (acima da média)Pardos: 6,3% (acima da média) Em relação aos níveis de instrução, o nível de desemprego é maior entre os trabalhadores que têm ensino médio incompleto: a taxa ficou em 9,8% no terceiro trimestre deste ano. Veja a comparação por nível de instrução: Ensino médio incompleto: 9,8% (maior taxa entre os grupos)Superior incompleto: 5,8%Superior completo: 3,0% (menor taxa) Maranhão tem maior taxa de informalidade A informalidade no Brasil ficou em 37,8% no 3º trimestre de 2025, mas o cenário é muito mais crítico em alguns estados, especialmente no Maranhão, que registrou a maior taxa do país, chegando a 57% da população ocupada sem registro. Em seguida vêm Pará (56,5%) e Piauí (52,7%). O analista William Kratochwill reforça que os estados mais pobres, como o Maranhão, sofrem mais com a informalidade devido à baixa escolaridade e menor renda média da população. O destaque do Maranhão também se repete em outros indicadores. Entre os empregados do setor privado, 51,9% têm carteira assinada no estado, o menor percentual do país. No total nacional, o índice é de 74,4%, com Santa Catarina na liderança (88%). O Maranhão também figura entre os estados com maior proporção de trabalhadores por conta própria, parte de um grupo que representa 25,3% da população ocupada no Brasil. 🔎 Trabalho por conta própria é quando a pessoa trabalha para si mesma. Esse tipo de ocupação pode ser formal (com CNPJ) ou informal (sem registro). Já a informalidade é uma condição do trabalho e inclui todos que atuam sem proteção legal, como empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, empregadores informais e familiares que ajudam sem remuneração. Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real do trabalho ficou em R$ 3.507, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas acima do valor de um ano antes. As únicas regiões com aumento significativo na comparação trimestral foram Sul e Centro-Oeste, cujos rendimentos ultrapassaram R$ 4 mil. Na comparação anual, Nordeste, Sul e Centro-Oeste mostraram crescimento. Já a massa de rendimento real, que soma todos os ganhos dos trabalhadores, alcançou R$ 354,6 bilhões, estável frente ao trimestre anterior, mas maior que no mesmo período de 2024. O Sudeste registrou a maior massa de renda da série, com R$ 176 bilhões. Santa Catarina tem taxa de desemprego abaixo da média nacional. — Foto: Foto: Roberto Zacarias/SECOM Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1
Desemprego cai em dois estados brasileiros no 3º trimestre de 2025, diz IBGE
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