RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego caiu em dois estados (Rio de Janeiro e Tocantins) no terceiro trimestre de 2025, em relação aos três meses imediatamente anteriores, apontam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (14). A desocupação ficou relativamente estável, ou seja, sem variações consideradas significativas, nas outras 25 unidades da Federação. Conforme o IBGE, Santa Catarina e Mato Grosso tiveram os menores índices, ambos com 2,3%. Os dois estados costumam ficar entre os locais com desemprego mais baixo. Pernambuco, por outro lado, seguiu com a maior taxa no terceiro trimestre: 10%. É a única unidade da Federação com índice de dois dígitos. Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) vêm na sequência.Taxa de desemprego nas UFs Em %, no 3º tri.25 Santa Catarina – 2,3Mato Grosso – 2,3Rondônia – 2,6Espírito Santo – 2,6Mato Grosso do Sul – 2,9Paraná – 3,5Tocantins – 3,8Minas Gerais – 4,1Rio Grande do Sul – 4,1Goiás – 4,5Roraima – 4,7São Paulo – 5,2Brasil – 5,6Maranhão – 6,1Ceará – 6,4Pará – 6,5Paraíba – 7,0Acre – 7,4Piauí – 7,5Rio Grande do Norte – 7,5Rio de Janeiro – 7,5Amazonas – 7,6Alagoas – 7,7Sergipe – 7,7Distrito Federal – 8,0Bahia – 8,5Amapá – 8,7Pernambuco – 10,0Fonte: IBGE No Brasil, o desemprego marcou 5,6% em igual período. É o menor patamar da série histórica iniciada em 2012 -também encontrado nos trimestres móveis até julho e agosto de 2025. O resultado do país já havia sido publicado pelo IBGE em 31 de outubro. Nesta sexta, o órgão detalhou os números dos estados e outros recortes da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). A Pnad investiga as condições do mercado de trabalho formal e informal. Ou seja, leva em consideração a abertura e o fechamento de vagas com ou sem carteira assinada ou CNPJ. William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, disse que os resultados das unidades da Federação refletem a estrutura econômica de cada região. Ele destacou a forte presença da indústria em Santa Catarina, que tem uma das menores taxas de desemprego do país, além da atuação de setores como agropecuária e turismo. “É uma economia diversificada. Favorece uma situação de menor taxa de desocupação e mais empregabilidade.” Por outro lado, o pesquisador lembrou que regiões como o Nordeste são afetadas por gargalos históricos, como menor diversificação de atividades econômicas e dificuldades na área de educação. DESEMPREGO TEM MÍNIMA EM 11 UFS O IBGE disse que, no terceiro trimestre, 11 unidades da Federação registraram as suas menores taxas de desemprego da série histórica. Foram os casos de Mato Grosso (2,3%), Espírito Santo (2,6%), Mato Grosso do Sul (2,9%), Tocantins (3,8%), Rio Grande do Sul (4,1%), Ceará (6,4%), Paraíba (7%), Rio Grande do Norte (7,5%), Sergipe (7,7%), Distrito Federal (8%) e Bahia (8,5%). INFORMALIDADE VARIA DE 24,9% A 57% Outro indicador avaliado -e que mostra diferenças regionais- é a taxa de informalidade. Trata-se do percentual da população ocupada que trabalhava sem carteira assinada ou CNPJ no setor privado. As maiores taxas de informalidade, acima de 50%, foram registradas no Maranhão (57%), no Pará (56,5%) e no Piauí (52,7%). Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%) mostraram os menores percentuais de informais. No Brasil, o indicador ficou em 37,8% no terceiro trimestre. 1 EM CADA 5 PROCURA EMPREGO HÁ DOIS ANOS OU MAIS O país tinha 6 milhões de desempregados no trimestre encerrado em setembro. É o menor número da série histórica do IBGE. A população desocupada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que não estão trabalhando e que seguem em busca de oportunidades. Mais da metade desse contingente (3,1 milhões ou 50,8%) procurava emprego no período de um mês a menos de um ano. A segunda parcela mais expressiva era aquela de longa duração. Ou seja, que buscava trabalho havia dois anos ou mais. O grupo respondeu por 19,5% do total de desempregados no terceiro trimestre, o equivalente a 1,2 milhão. Em outras palavras, 1 em cada 5 desocupados estava nessa situação. Desocupados havia menos de um mês (18,6% ou 1,1 milhão) e de um ano a menos de dois anos (11% ou 666 mil) completam a lista. O mercado de trabalho mostrou recuperação no Brasil nos últimos anos, em um cenário de estímulos do governo federal à economia, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia. Agora, economistas enxergam sinais de acomodação gradual na geração de emprego e renda. As projeções, contudo, ainda indicam desemprego em patamares baixos para o padrão histórico nos próximos trimestres. Leia Também: PIB cresce em todos os estados e no DF em 2023; veja ranking
Desemprego nos estados varia de 2,3% a 10%
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