O dia começa marcado pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, saíram projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro. Lá fora, investidores acompanham revisões sobre o crescimento da economia americana e a variação de preços ao consumidor. ▶️ Nos EUA a agenda também é movimentada, com a divulgação de dados como a revisão do PIB do segundo trimestre e a atualização da inflação ao consumidor (PCE) no mesmo período. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar Acumulado da semana: +0,12%;Acumulado do mês: -1,75%; Acumulado do ano: -13,80%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,43%;Acumulado do mês: +3,58%; Acumulado do ano: +21,79%. Relatório de Política Monetária do BC Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano. Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19. A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias. IPCA-15 de setembro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro — resultado ligeiramente abaixo das estimativas de economistas, que previam alta de 0,51%. Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses;Em 2025, a inflação chegou a 3,76%. Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, a prévia da inflação de setembro trouxe sinais positivos, com destaque para a melhora na composição do índice — especialmente na média dos núcleos, que registra alta de 5,9% em 12 meses. Segundo ele, embora o nível ainda esteja elevado e acima do teto da meta (4,5%), a combinação entre a perda de ritmo da atividade econômica e o recuo nos núcleos reforça a confiança em um processo de desaceleração. “[Esse resultado] reforça nossa confiança na trajetória de queda da inflação. Mantemos a projeção de 4,6% para este ano e 4% para o próximo, além da expectativa de corte na taxa de juros a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando a Selic de 15% para 14,5%”, afirma Barbosa. Bolsas globais Os índices de Wall Street encerraram o dia em queda, com os investidores ainda cautelosos após os comentários de Jerome Powell. Além disso, o mercado aguarda novos dados econômicos dos EUA, que serão divulgados nesta quinta-feira. O índice Dow Jones recuou 0,37%, alcançando 46.121 pontos. O S&P 500 caiu 0,28%, aos 6.637 pontos, enquanto o Nasdaq, que reúne empresas de tecnologia, teve perdas de 0,34%, chegando a 22.497 pontos. As bolsas na Europa fecharam mistas, mesmo com o bom desempenho de empresas do setor de defesa. A movimentação foi impulsionada por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que a Ucrânia tem condições de recuperar os territórios ocupados pela Rússia. No fechamento, o STOXX 600 recuou 0,14%, e o CAC 40, em Paris, teve baixa de 0,57%. No Reino Unido, o FTSE 100 avançou 0,29%, enquanto o DAX, da Alemanha, subiu 0,23%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com destaque para as bolsas da China e de Hong Kong, que foram impulsionadas por ganhos no setor de tecnologia e por sinais de melhora nas relações comerciais com os EUA. Na China, o índice de Xangai subiu 0,83%, enquanto o CSI300 avançou 1,02%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,37%. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,30%. Por outro lado, o índice Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,40%; o Taiex, de Taiwan, recuou 0,19%; o Straits Times, de Cingapura, perdeu 0,37%; e o S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 0,92%.
Dólar opera em alta com atenção voltada para dados do Brasil e dos EUA; bolsa recua
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