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Dólar opera em alta com mercado atento a acordo comercial entre EUA e China; bolsa recua

por Redação
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Os desdobramentos da política monetária americana e os movimentos diplomáticos entre EUA e China estão no centro das atenções dos investidores. Além disso, dados econômicos locais e o desempenho das empresas promete influenciar o rumo da bolsa brasileira. ▶️ Após reunião com Xi Jinping, Donald Trump anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar disso, o mercado reagiu com cautela. ▶️ Nos Estados Unidos, investidores acompanham os discursos de membros do Fed após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros. Bowman fala às 10h55 sobre política monetária, e Logan participa de evento às 14h20. ▶️ No Brasil, o dia começa com a divulgação do IGP-M de outubro, índice usado como referência para reajustes de contratos e aluguéis. À tarde, saem os dados do Caged, com números sobre empregos formais, e o fluxo cambial, que mostra a entrada e saída de dólares no país. ▶️ Também pela manhã, o Tesouro Nacional apresenta o resultado primário do governo central referente a setembro. A divulgação será seguida de entrevista coletiva com representantes da pasta. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar Acumulado da semana: -0,63%;Acumulado do mês: +0,67%;Acumulado do ano: -13,30%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,68%;Acumulado do mês: +1,64%;Acumulado do ano: +23,57%. IGP-M de outubro O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,36% em outubro, após ter avançado 0,42% em setembro — uma queda mais acentuada do que o previsto, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. A expectativa dos analistas ouvidos pela Reuters apontava para uma queda de 0,22% no período. Com o resultado de outubro, o IGP-M acumula alta de 0,92% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da composição do IGP-M e que mede a variação dos preços no atacado, recuou 0,59% em outubro, após ter registrado alta de 0,49% em setembro. “Em outubro, os preços ao produtor foram influenciados pela queda de importantes matérias-primas agropecuárias, como leite in natura, café em grão, soja e bovinos”, explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE. No âmbito do IPA, as matérias-primas brutas apresentaram deflação de 1,41% em outubro, revertendo a alta de 1,47% observada em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, desacelerou para uma alta de 0,16% em outubro, ante 0,25% no mês anterior. Em outubro, a tarifa de eletricidade residencial caiu 1,78%, após ter registrado alta de 4,76% no mês anterior, conforme os dados do IGP-M. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,21% no período, repetindo a variação registrada no mês anterior. Trump e Xi Jinping firmam acordo Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Em troca, Pequim deve: retomar a compra de soja americana;manter o fluxo de exportação de terras raras;e combater o comércio ilícito de fentanil. Os dois se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, durou quase duas horas. Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%. Trump também disse que o país asiático vai comprar “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas. Trump afirmou que Xi prometeu uma “ação firme” sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país. “Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan. O Ministério do Comércio da China confirmou que o país e os EUA concordaram em estender sua trégua comercial temporária por mais um ano, como parte de um acordo que eles alcançaram depois que as principais autoridades econômicas se reuniram na Malásia na semana passada. EUA em paralisação pelo 30º dia A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 30º dia nesta quinta-feira (30), sem previsão de encerramento. No Capitólio, o Senado se reúne, mas ainda não há votação marcada para reabrir o governo. Enquanto isso, os impactos da falta de financiamento se intensificam, atingindo programas essenciais e milhões de cidadãos. Um dos pontos mais críticos é o risco de interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que beneficia mais de 40 milhões de americanos e pode ficar sem recursos já neste sábado (1º). A pressão sobre os parlamentares aumenta, e há sinais de que as negociações entre os partidos começam a ganhar força, ainda que lentamente. Líderes como o senador John Thune indicam que há mais diálogo entre democratas e republicanos nos bastidores. Junto a isso, a volta Trump de sua viagem à Ásia também pode influenciar os rumos das conversas. Enquanto isso, milhares de servidores públicos continuam afastados ou trabalhando sem remuneração. A crise já afeta serviços essenciais: na quarta-feira, a Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou a suspensão temporária de voos em aeroportos importantes por falta de pessoal. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos começaram o dia em queda, refletindo a reação dos investidores ao anúncio de Donald Trump sobre a redução de tarifas aplicadas à China, após reunião com o presidente Xi Jinping. Além da expectativa em torno da decisão do Fed, os resultados trimestrais de grandes empresas de tecnologia também movimentam os mercados futuros: As ações da Alphabet, controladora do Google, dispararam mais de 8% após a companhia registrar receita acima de US$ 100 bilhões e lucro próximo de US$ 35 bilhões, superando com folga as projeções dos analistas. Já a Meta, dona do Facebook, viu seus papéis despencarem mais de 9%, mesmo com resultados sólidos, após alertar sobre um aumento significativo nas despesas previstas para 2026. A Microsoft também apresentou números positivos, mas suas ações recuaram 2% diante da surpresa com os altos investimentos em infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial. Perto da abertura, os índices futuros operavam em baixa: o S&P 500 recuava 0,2%, o Dow Jones caía 0,4% e o Nasdaq também registrava queda de 0,2%. Na Europa, as bolsas operam no vermelho, com os investidores atentos à divulgação de resultados financeiros de grandes empresas e à decisão de juros do Banco Central Europeu. Dados de crescimento econômico também estão no radar, aumentando a sensibilidade do mercado. O índice STOXX 600 caía 0,50%. Em Londres, o FTSE 100 recuava 0,51%, enquanto o DAX, na Alemanha, perdia 0,27%. O CAC 40, em Paris, registrava queda de 0,75%, e o FTSE MIB, em Milão, recuava 0,90%. Na Ásia, os mercados fecharam com desempenho misto. As bolsas chinesas caíram após a reunião entre Trump e Xi Jinping, que resultou em uma trégua comercial já esperada pelos investidores. Apesar dos sinais de alívio nas tensões, o mercado se manteve cauteloso, com receio de que o acordo não traga mudanças significativas. No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,73%, e o CSI300 recuou 0,80%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,24%. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,03%, o Kospi, em Seul, avançou 0,14%, e o Taiex, em Taiwan, teve leve queda de 0,03%. Em Cingapura, o Straits Times caiu 0,16%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86 — Foto: Reprodução/TV Globo

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