Home » Dólar opera em queda na véspera das decisões de juros no Brasil e EUA; Ibovespa cai

Dólar opera em queda na véspera das decisões de juros no Brasil e EUA; Ibovespa cai

por Redação
0 comentário
dolar-opera-em-queda-na-vespera-das-decisoes-de-juros-no-brasil-e-eua;-ibovespa-cai

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) deve elevar a Selic, taxa básica de juros, em 1 ponto percentual, levando-a ao patamar de 13,25% ao ano. O mercado espera essa e novas altas nos próximos meses por conta da aceleração da inflação no país. Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve manter suas taxas de juros inalteradas, deixando-as no patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. A expectativa dos investidores é que o Fed aguarde novos sinais da economia e os próximos passos do presidente Donald Trump para tomar decisões que voltem a mexer com as taxas. Tanto no Brasil quanto nos EUA, o mercado aguarda, também, o comunicado dos bancos centrais após a conclusão das reuniões. Os documentos podem apresentar uma perspectiva sobre quais devem ser os próximos passos das instituições na condução dos juros. Além do cenário econômico aqui e lá fora, investidores também monitoram a divulgação dos resultados financeiros de grandes empresas americanas. Nesta terça, nomes como Boeing, GM e Starbucks divulgam seus números referentes ao último trimestre de 2024. Esses resultados trazem pistas sobre como anda a saúde financeira das empresas e da economia do país. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,10%, cotada a R$ 5,9122. Com o resultado, acumulou: queda de 0,10% na semana;recuo de 4,33% no mês e no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,44%, aos 124.306 pontos. Na véspera, o índice fechou em alta de 1,97%, aos 124.862 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 1,84% na semana;ganho de 3,67% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Investidores seguem na expectativa por novos anúncios de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Ambas as decisões estão previstas para quarta-feira (29) e podem mexer com os mercados. Por aqui, a expectativa dos economistas é que o Copom faça um aumento de 1 ponto percentual na Selic, que pode chegar ao patamar de 13,25% ao ano. O colegiado também já havia sinalizado uma nova alta da taxa básica em março, o que levaria os juros a 14,25% ao ano. Com isso, há, também, grande expectativa pelo comunicado do comitê após a reunião. O documento costuma trazer sinalizações sobre quais serão os próximos passos do BC em relação aos juros e o que está no radar dos dirigentes. Juros maiores no país elevam a rentabilidade dos títulos públicos e tendem a atrair mais investidores, o que pode gerar mais entrada de dólar no Brasil e reduzir a pressão sobre o real. Os juros altos são esperados porque o Brasil vive um período de alta na inflação, com o mercado esperando maior pressão sobre os preços neste ano. Na edição desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação saltaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0% e será considerada cumprida se permanecer em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Já nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, à espera de novos indicadores econômicos que mostrem como anda a economia do país. A chegada de Donald Trump ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente cumpra suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços. Os próximos dias também contam com a divulgação de novos dados de emprego no Brasil e nos EUA, números da atividade econômica nos EUA e na Europa e decisão sobre juros na zona do euro. Além da agenda econômica, a semana é marcada por vários balanços financeiros corporativos. Nas últimas semanas, grandes nomes já reportaram seus resultados. Destaque para os grandes bancos, que apresentaram números “bastante positivos indicativos da força que o setor financeiro deve apresentar ao longo de 2025”, segundo Paulo Gitz, estrategista global da XP, e Maria Irene Jordão, analista global da XP. Nesta terça, a General Motors reportou uma receita de US$ 47,7 bilhões no último trimestre, 3,71% a mais do que as estimativas, de US$ 44,98 bilhões. Ainda hoje, o mercado aguarda os números da Boeing e da Starbucks.

você pode gostar