▶️ No cenário interno, os investidores aguardam o envio do documento do governo brasileiro em resposta à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, a pedido de Donald Trump. Em julho, o representante de Comércio dos EUA informou a abertura da investigação, solicitada por Trump. O processo misturou argumentos comerciais e políticos para justificar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando questões como desmatamento, o uso do PIX e até o comércio popular da rua 25 de Março. ▶️ Ainda sobre Trump, após a reunião de sexta-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, o líder republicano tem hoje encontro marcado em Washington com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aliados europeus. ▶️ Na agenda de indicadores, o Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira o Boletim Focus, com projeções de economistas para inflação, Produto Interno Bruto (PIB), Selic e câmbio. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar Acumulado da semana: -0,69%;Acumulado do mês: -3,62%; Acumulado do ano: -12,64%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,31%;Acumulado do mês: +2,46%; Acumulado do ano: +13,35%. Brasil responde aos EUA O documento de resposta está sendo preparado por um grupo de trabalho no Itamaraty, composto por diplomatas com experiência nos temas envolvidos pela investigação do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR). Na defesa, os técnicos vão responder aos questionamentos levantados, como medidas de combate ao desmatamento, e argumentar de que o PIX não prejudica as empresas americanas. Trump se reúne com Zelensky Também nesta segunda-feira, Donald Trump recebe em Washington o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — que não estará sozinho. Na reunião, será acompanhado por sete líderes europeus. O encontro acontece dois dias depois do norte-americano se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, e declarar ter visto “grande progresso” em direção ao fim da guerra. Para Trump, a chance é de transformar uma promessa de campanha em triunfo diplomático. Para Zelensky, o risco é sair de Washington com menos apoio político e militar, caso se recuse a ceder. Boletim Focus e IBC-Br O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostra que os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez desde janeiro deste ano, a estimativa de inflação de 2025 para um valor abaixo de 5%. De acordo com analistas, o tarifaço implementado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros está ajudando neste movimento —pois tende a conter a atividade e gerar um impacto baixista na inflação deste ano. ➡️ A estimativa de inflação para 2025 caiu de 5,05% para 4,95%, ainda bem acima do teto da meta, que é de 4,5%.➡️ A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,21%.➡️ Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros.➡️ Sobre o dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,60.➡️ A projeção para a balança comercial é de superávit da balança comercial em 2025 foi mantida estável em US$ 65 bilhões.➡️ Já a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Já o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre deste ano. O dado mostra forte desaceleração da economia. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão bem maior: de 1,5%. Bolsas globais Na Europa, as ações oscilam antes do encontro entre Volodymyr Zelenskiy, da Ucrânia, e líderes europeus com Donald Trump. Durante a manhã, o índice pan-europeu STOXX 600 recuava cerca de 0,2% após ter atingido na sexta-feira o maior nível desde março. Já o DAX da Alemanha recuava 0,3%, enquanto o FTSE britânico caía 0,1%. Na Ásia, as ações da China fecharam em seu nível mais alto desde 2015 nesta segunda-feira, ampliando os ganhos de meses em meio ao alívio das tensões comerciais e pela abundância de liquidez, ao mesmo tempo em que levaram a capitalização de mercado a um pico recorde. No fechamento, o índice de Xangai teve alta de 0,85%, atingindo o nível de fechamento mais alto desde agosto de 2015. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,88%, atingindo um pico de dez meses, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,37%. *Com informações da agência de notícias Reuters