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Dólar sobe e fecha em R$ 5,47, após cartas de Trump para impor novas tarifas; Ibovespa cai

por Redação
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🔎 Ainda não há informações sobre quais países serão taxados. Trump também não esclareceu nem detalhou o que são as tais “políticas antiamericanas”.🔎 O Brics divulgou neste domingo a “Declaração do Rio de Janeiro”, em que faz a defesa do fortalecimento de instituições multilaterais, como a ONU, e o respeito ao direito internacional e rejeição a ações unilaterais, como as que enfraquecem o sistema global. Os EUA não foram citados nominalmente. Trump afirmou que os EUA enviarão cartas a mais países nesta semana, com a lista de tarifas cobradas, que entrarão em vigor até 1º de agosto, caso não firmem acordos. A possível volta das tarifas preocupa o mercado. A avaliação é que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros do país altos por mais tempo. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar Acumulado da semana: +0,99%;Acumulado do mês: +0,81%; Acumulado do ano: -11,36%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -1,26%;Acumulado do mês: +0,46%; Acumulado do ano: +15,97%. O novo capítulo do tarifaço Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, pelo menos 14 países devem receber cartas sobre comércio. As cartas enviadas aos países seguem um padrão semelhante: Trump afirma que o gesto representa uma demonstração da “força e do compromisso” dos EUA com seus parceiros e destaca o interesse em manter as negociações, apesar do déficit comercial significativo. Trump não esclareceu o que considera “políticas antiamericanas” em sua publicação. Autoridades do governo americano dizem que não há um decreto sendo escrito e tudo depende dos próximos passos do bloco. O documento também reforça o papel de instituições como a ONU e pede respeito ao direito internacional, posições que contrastam com a política comercial mais agressiva adotada por Washington. A ameaça gerou reações imediatas. A China criticou o uso de tarifas como instrumento de coerção, enquanto a Rússia destacou que o Brics “nunca atuou contra terceiros”. A África do Sul, por sua vez, afirmou que o bloco busca apenas reformar a ordem multilateral global, sem intenções de confronto. A sinalização de Trump aumenta o risco de retaliações cruzadas e gera preocupações nos mercados sobre um possível novo ciclo de tensões comerciais globais, com impactos potenciais sobre a inflação e o crescimento econômico. Tarifaço: muda a contagem regressiva para o fim da trégua Segundo o governo norte-americano, Trump ainda deve assinar um decreto que confirma a ampliação da trégua nas tarifas. “Estamos próximos de outros acordos comerciais”, declarou a Casa Branca. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano estava prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Apesar da promessa de firmar acordos, Washington fechou apenas pactos limitados com o Reino Unido e o Vietnã. A maioria dos países ainda tenta evitar as novas tarifas, que podem variar entre 10% e 50%. A União Europeia negocia para evitar sobretaxas em setores como agricultura, tecnologia e aviação, mas ainda enfrenta impasses com os EUA. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Trump tiveram uma “boa conversa”, disse um porta-voz da instituição nesta segunda. Japão, Índia, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Suíça também correm para apresentar concessões de última hora. As propostas incluem desde maior abertura comercial e compras bilionárias de produtos americanos até investimentos estratégicos em setores como energia e tecnologia. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. A situação influencia diretamente a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na semana passada, o presidente Jerome Powell voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros. Mercados oscilam com incerteza renovada Segundo analistas, o vaivém dos mercados deve se intensificar nos próximos dias, com o aumento da incerteza com a política tarifária de Trump e pela faltar de indicadores econômicos relevantes. Os investidores também aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve, que pode trazer pistas sobre a trajetória dos juros nos EUA. Os índices acionários da China e de Hong Kong caíram nesta segunda-feira. Embora a China possa desfrutar da trégua comercial acordada com os EUA, o sentimento ainda era de nervosismo entre investidores. No fechamento, o índice CSI300 caiu 0,43%, enquanto o índice SSEC, em Xangai, subiu 0,02%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,12%. Na Europa, o índice Stoxx 600 fechou em alta. Nos EUA, os índices de Wall Street encerraram em queda. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. — Foto: Tatan Syuflana/ AP

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