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Entenda por que um incêndio em uma subestação no PR causou apagão em todas as regiões do país

por Redação
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Além do Distrito Federal, foram registradas falhas em todos os estados, com exceção de Alagoas, que não confirmou a ocorrência. Perguntas e respostas sobre o apagão nacional Mas, por que isso aconteceu? Quase todo o Brasil é coberto pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país. São usinas, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema de quase 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. 💡Essas linhas permitem que a energia seja transferida de uma região para outra. Assim, a produção de uma usina hidrelétrica pode, por exemplo, ser enviada a um estado onde os reservatórios estão mais vazios por falta de chuva. 🔎A rede básica de transmissão é estruturada por essas grandes torres que a gente vê, geralmente, às margens das estradas. Toda a geração de energia — vinda das usinas, por exemplo — se conecta a esse sistema. E todo o consumo é ligado a ele. Veja o caminho da energia até as casas, lojas e indústrias: Há três etapas, incluindo o sistema integrado de transmissão, que resumem os caminhos da energia até o consumo na ponta. São elas: Geração de energia: quando recursos naturais passam por processos para geração de energia, como nas usinas hidrelétricas, campos eólicos, placas de energia solar, gases naturais, entre outros.Transmissão via sistema integrado: uma vez gerada, essa energia é conectada ao sistema nacional de transmissão, que percorre as regiões do país.Distribuição: as torres de alta tensão levam a energia aos centros das cidades. A partir daí, as subestações das distribuidoras levam a energia às casas, ao comércio e às indústrias, por exemplo. Serviços de manutenção da rede elétrica deixam 11 bairros de Manaus sem energia neste sábado. — Foto: Divulgação/Amazonas Energia Efeitos em todo o país O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou os motivos do apagão. Segundo Silveira, a estação em que ocorreu um incêndio gerou uma interrupção de grande porte na transmissão de energia, por se tratar de uma subestação importante. A subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), produz um grande volume de energia: 500kV (quilovolts). 🔎500kV é uma tensão elétrica de extra-alta tensão usada para transmitir grandes quantidades de energia por longas distâncias com perdas mínimas. Essa tensão é comum em subestação de transmissão, onde a energia é rebaixada para níveis mais baixos (como 230 kV ou 69 kV) para distribuição. 💡 O acidente desligou toda a subestação de 500 quilovolts (kV), desconectando os fluxos de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, ocasionando contingência severa, como explicou o ministério. Por isso, foi necessário desligar 10 megawatts (MW) de carga, de forma controlada, por prevenção. Como o sistema de transmissão funciona de forma “praticamente automatizada” pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), houve um corte programado de energia, para impedir uma interrupção mais significativa no país. “O sistema perdendo uma subestação desse volume de energia (500kV), ele corta programadamente um percentual em cada estado mais próximo e em alguns outros estados, onde é necessário se fazer uma reprogramação da carga. Assim foi feito, nós imediatamente fomos acionados”, explicou Silveira. “É importante que a população entenda o que acontece nesse momento. Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia. Quando se fala em apagão, a gente sempre lembra aqueles tristes episódios de 2001 e 2021, que na verdade aconteceram por falta de energia e de planejamento. Hoje não, hoje nós temos muita energia”, prosseguiu. Quanto tempo as regiões ficaram sem energia? De acordo com o ministério, o retorno dos equipamentos e a recomposição da transmissão de energia se deu de maneira controlada logo nos primeiros minutos, e até 1h30 da manhã, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste foram restabelecidas. ⏰Ou seja, o incêndio ocorreu à 0h32. Por volta de 1h30 da manhã, as cargas da maior parte das regiões já haviam sido restabelecidas. Apenas a região Sul demorou um pouco mais e foi a última a ter o fornecimento de energia normalizado, às 2h30 da manhã. É o que diz o Ministério de Minas e Energia. Segundo a pasta, o tempo de recomposição total do fornecimento de energia elétrica no país foi inferior a ocorrências desse mesmo porte que já ocorreram no sistema interligado nacional.

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