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EUA e Argentina decidem sair da OMS; veja quem não faz parte da entidade

por tiagotortella
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A Argentina anunciou nesta quarta-feira (5) que deixará de integrar a Organização Mundial da Saúde, seguindo os Estados Unidos. O porta-voz Manuel Adorni afirmou que isso acontecerá devido a “diferenças sobre gestão sanitária”.No caso dos EUA, o presidente Donald Trump acusou a OMS de má gestão da pandemia de Covid e outras crises, além de supostamente exigir valores injustos do país.De toda forma, o processo deve demorar ao menos um ano. Os EUA já enviaram uma carta à ONU comunicando a saída, e as Nações Unidas confirmaram que eles deixarão de integrar a OMS em 22 de janeiro de 2026. O governo de Javier Milei ainda precisa fazer a comunicação formal.Caso isso se concretize, Estados Unidos e Argentina se juntarão a apenas um país que integra a ONU e não faz parte da OMS: Liechtenstein.Todos os países que integram a ONU podem se tornar membros da OMS ao aceitar sua Constituição. Além disso, outros países podem ser admitidos se tiverem solicitação aprovada por maioria simples de votos na Assembleia Mundial da Saúde.O Vaticano, por exemplo, não é um Estado-membro da entidade, mas foi aprovado em 2021 como Estado não-membro observador. Ele também não integra a ONU como Estado-membro.As Ilhas Cook também não integram a ONU como Estado-membro, mas fazem parte da OMS.A Organização Mundial da Saúde foi fundada em 1948, possui uma equipe com mais de 8 mil profissionais e coordena a resposta mundial a emergências de saúde.Ela atua no combate a doenças transmissíveis, como gripe e HIV, e doenças não transmissíveis, como câncer e distúrbios cardíacos. A organização é ainda responsável por ações de prevenção e vigilância.Risco da saída dos EUA da OMSEspecialistas alertaram que a saída dos EUA da OMS pode impactar o financiamento dos programas da organização. Durante as críticas à entidade, Donald Trump afirmou que o país paga mais de US$ 500 milhões por ano à organização.O próprio conselho-executivo da OMS já propôs um corte orçamentário de US$ 400 milhões após a decisão dos EUA. Isso será abordado na reunião de Genebra de 3 a 11 de fevereiro, quando os Estados-membro discutirão o financiamento e o trabalho da agência para o período de 2026-27.Além disso, em entrevista à CNN, Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de Harvard, ponderou que os EUA estão “na vanguarda da pesquisa científica médica”.

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