EUA e China chegam a acordo sobre terras raras, diz autoridade da Casa Branca

EUA e China chegam a acordo sobre terras raras, diz autoridade da Casa Branca

Durante as negociações realizadas em maio, em Genebra, a China se comprometeu a retirar as restrições não tarifárias aplicadas aos EUA desde 2 de abril, embora ainda não esteja claro como algumas dessas medidas serão revertidas. Como parte de sua resposta às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a China suspendeu a exportação de uma ampla variedade de minerais e ímãs considerados estratégicos. A medida afetou cadeias de suprimentos essenciais para montadoras, fabricantes do setor aeroespacial, empresas de semicondutores e fornecedores da indústria militar em todo o mundo. “O governo e a China concordaram com um entendimento adicional para uma estrutura para implementar o acordo de Genebra”, disse um funcionário da Casa Branca nesta quinta-feira. Segundo a autoridade, o entendimento é “sobre como podemos implementar a agilização de remessas de terras raras para os EUA novamente. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, foi citado pela Bloomberg dizendo: “Eles vão nos entregar terras raras” e, quando fizerem isso, “retiraremos nossas contramedidas”. A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Trump declarou anteriormente que os EUA assinaram um acordo comercial com a China na quarta-feira (25), mas não forneceu detalhes. Um integrante do governo informou que o acordo entre os dois países sobre terras raras foi concluído no início desta semana. A China tem levado “muito a sério” suas restrições relacionadas ao uso dual de terras raras e passou a avaliar os compradores com mais rigor para garantir que esses materiais não sejam direcionados ao uso militar nos EUA, diz uma fonte do setor. Essa fiscalização atrasado o processo de licenciamento. O acordo de Genebra fracassou por causa das restrições impostas pela China às exportações de minerais essenciais, o que levou o governo Trump a adotar seus próprios controles, bloqueando o envio de software de design de semicondutores, aeronaves e outros produtos para o mercado chinês. No início de junho, Trump afirmou que havia um acordo com a China segundo o qual Pequim forneceria ímãs e minerais de terras raras, e os Estados Unidos permitiriam a entrada de estudantes chineses em suas faculdades e universidades. China e EUA — Foto: Associated Press

Postagens relacionadas

União Europeia estende suspensão de retaliação a tarifaço de Trump até agosto, anuncia Von der Leyen

Ministro alemão diz que UE deve tomar medidas ‘decisivas’ contra os EUA caso negociações de tarifas fracassem

Produtores tentam se proteger contra ameaça de incêndios na seca