Conhecido na Alemanha como kaffeeersatz, o produto é feito de uma mistura de ingredientes tostados que lembram o aroma do grão original, segundo a reportagem da Deutsche Welle (assista acima). O kaffeeersatz se popularizou no continente no século 18, pela dificuldade em se encontrar o grão, que é africano. Na época, o pó era feito com uma planta nativa, a chicória. Hoje, a flor de chicória ainda é usada, mas também há outros ingredientes, como a cevada. Atualmente, além de ser uma alternativa mais econômica, a versão da bebida também é vista como uma opção para quem quer evitar a cafeína. ‘Café fake’ brasileiro O produto veio como uma alternativa aos preços elevados do grão. Com o kg do café a quase R$ 50, um pacote de 500 g de “café fake” pode ser encontrado por R$ 13,99 nos supermercados em janeiro. Apesar do apelido “café fake”, o governo ainda investiga se ele pode ser considerado uma fraude, informou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso. O ministério apura quais seriam os ingredientes utilizados. Para ser considerado café, o produto pode ter apenas o grão. Mas nem toda embalagem do “café fake” menciona a receita ou até mesmo contém o grão, algumas apontam que ele é feito de cevada ou milho, por exemplo. Nos três locais fiscalizados, os agentes encontraram irregularidades nas matérias-primas utilizadas, como cascas, grãos defeituosos (quebrados, pretos e ardidos, por exemplo) e aromatizantes. Nas embalagens dos produtos comercializados, a polpa do café era informada como ingrediente, mas ela não foi encontrada na apreensão. Os produtos finais (os pós usados para preparar a bebida) que foram apreendidos nos estabelecimentos ainda estão em análise. Saiba como diferenciar café do ‘fake café’ pela embalagem — Foto: Bruna Azevedo / arte g1 ‘Café fake’: saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira Café pode ficar até 25% mais caro nos próximos dois meses
Europa também tem ‘café fake’, feito de chicória
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