Em agosto, as exportações chinesas avançaram 4,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados alfandegários divulgados nesta segunda-feira (8). O resultado ficou abaixo da previsão de 5% apontada em pesquisa da Reuters. Em julho, as exportações haviam crescido 7,2%, superando as expectativas do mercado. As importações aumentaram 1,3% em agosto, após alta de 4,1% em julho. A expectativa dos economistas era de crescimento de 3%. O governo do presidente Xi Jinping espera que os fabricantes chineses diversifiquem seus destinos de exportação diante do tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A estratégia tem como objetivo ajudar Pequim a alcançar a meta de crescimento anual de 5% sem recorrer a novos estímulos fiscais de curto prazo. A desaceleração das exportações em agosto foi influenciada pelo desempenho elevado no mesmo mês do ano passado, quando muitos fabricantes anteciparam envios para evitar novas tarifas impostas por diferentes parceiros comerciais. No mesmo período, as exportações da China para os EUA caíram 33,1% em relação a agosto de 2023, enquanto os embarques para países do Sudeste Asiático avançaram 22,5%. Para reduzir o impacto das tarifas impostas por Trump, os produtores chineses têm buscado ampliar vendas para mercados da Ásia, África e América Latina. Ainda assim, nenhum desses mercados se compara ao dos EUA, que importam mais de US$ 400 bilhões em produtos chineses por ano. Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para “revidar até o fim”. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma “pausa” no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo
Exportações da China crescem no ritmo mais fraco em agosto em meio à guerra tarifária com os EUA
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