“A operação de compra está suspensa, e nos colocamos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários”, disse a Fictor por meio de nota. O grupo afirmou que tomou conhecimento da liquidação extrajudicial da instituição por parte do Banco Central do Brasil (BC) por meio da imprensa, e reforçou que a operação envolvendo o Banco master estava “integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores”. “Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais”, informou a Fictor por meio de nota. O consórcio liderado pela Fictor havia anunciado, na véspera, a compra do Banco Master. A operação incluiria um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição, e previa a aquisição de todas as ações de Daniel Vorcaro — acionista controlador do Banco Master que foi preso pela Polícia Federal na noite de segunda-feira. (Entenda mais abaixo) ➡️A Fictor Holding Financeira é um grupo de participações e gestão de empresas, que atua nos setores de serviços financeiros, indústria alimentícia e infraestrutura. O grupo também é patrocinador do Palmeiras. O que aconteceu com o Banco Master? Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. Esse retorno, no entanto, era irreal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. Na manhã desta terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. Diante do ocorrido, o grupo ainda reafirmou “respeito” ao BC e aos demais órgãos de supervisão e controle e reiterou o “compromisso com a integridade, a transparência e a estabilidade do sistema financeiro”. “Por se tratar de tema sob análise das autoridades, o consórcio não comentará o mérito das investigações”, completou. Veja a nota na íntegra da Fictor Holding Financeira O consórcio de investidores globais liderado pela Fictor Holding Financeira tomou conhecimento, pela imprensa, da decisão anunciada nesta terça-feira (18/11) referente à liquidação extrajudicial do Banco Master pelo Banco Central do Brasil, bem como das medidas adotadas pelas autoridades competentes em relação aos atuais controladores da instituição. Como informado ontem, a operação envolvendo o Banco Master estava integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores. Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais. Reafirmamos nosso absoluto respeito ao Banco Central do Brasil e aos demais órgãos de supervisão e controle, assim como nosso compromisso com a integridade, a transparência e a estabilidade do sistema financeiro brasileiro. A operação de compra está suspensa, e nos colocamos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Por se tratar de tema sob análise das autoridades, o consórcio não comentará o mérito das investigações. Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 *Esta reportagem está em atualização

