Financiamentos aceleram a transição energética no Brasil

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Segundo a consultoria McKinsey, o Brasil se posiciona para se consolidar como uma potência na transição energética, apoiando não apenas sua própria descarbonização, mas a global, também.

De acordo com a consultoria, o Brasil tem potencial para se tornar um líder global em energia renovável, em bioenergia e em mercados de carbono, setores que podem representar uma oportunidade de mercado de aproximadamente US$ 125 bilhões em 2040.

A queda nos custos de painéis solares, ocorrida nos últimos anos, posiciona a energia solar como líder na expansão de capacidade de geração de energia elétrica no mundo e no Brasil.

Tanto sua dimensão continental quanto sua localização geográfica garantem elevados índices de irradiação solar em praticamente todo o território nacional e baixos custos de produção de energia, contribuindo para que a grande capacidade de geração de energia solar no país.

Além da energia solar, o Brasil dispõe de elevado potencial de outras fontes renováveis, como eólica, hídrica e biomassa. As fontes renováveis representam cerca de 89% da matriz elétrica brasileira, incluindo geração centralizada e distribuída, o que confirma a vocação do país para a sustentabilidade e protagonismo na transição energética.

A transição energética global exigirá altos volumes de investimento nos próximos anos e décadas.

 

BNDES: líder global no financiamento de energias renováveis

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) se destaca atualmente como o maior financiador de energias renováveis do mundo, com créditos que somam cerca de US$ 36,4 bilhões no período de 2004 a 2023, segundo a BloombergNEF.

Desde o ano 2000, o Banco financiou cerca de 65% do aumento de capacidade de geração do país, correspondentes a 82 GW adicionais, dos quais 85% de fontes renováveis. Só entre janeiro e setembro de 2024 seus financiamentos contribuíram para a ampliação da geração energética por meio de fontes renováveis em 1,0 GW, energia suficiente para atender 1,2 milhão de residências. Com participação relevante no setor desde o início do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas.

(Proinfa), apoiando a estruturação das garantias e dos financiamentos aos projetos, o BNDES possibilitou uma expansão significativa da geração eólica e solar no país. O crescimento do mercado livre de energia – em que grandes consumidores contratam diretamente com geradoras – também contou o apoio do Banco, que desenvolveu metodologia própria para garantir a viabilidade de financiamento dos projetos.

Investimentos em energia eólica e solar ajudam o país a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas), que constituem um conjunto de metas que visam orientar o futuro da humanidade e devem ser atingidas até 2030. Nesse âmbito, o BNDES já desembolsou, entre 2015 e 2023, R$ 137,8 bilhões em atividades voltadas a alcançar o ODS 7 – Energia Limpa e Acessível.

Esses números evidenciam como a atuação do Banco vem contribuindo diretamente para a expansão das energias renováveis e a redução das emissões no setor elétrico, além de favorecer a atração de investimentos internacionais por meio da emissão de títulos verdes. Diante da urgência da agenda do clima, que passou a ser tratada como tema transversal na atuação do BNDES, a instituição pode atuar como uma “plataforma verde” para captação de recursos – locais e internacionais – destinados a projetos de descarbonização, neoindustrialização, combate ao desmatamento e infraestrutura sustentável.

 

Destaques recentes

Recentemente o BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 600 milhões para o Complexo Solar Irapuru, que possui sete parques com capacidade instalada de 422 MWp. O projeto irá complementar o já existente Complexo Solar Janaúba, localizado em Janaúba, Minas Gerais, elevando sua capacidade instalada para 1,6 GWp, o suficiente para abastecer 1,9 milhão de residências.

Com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2025, Irapuru contará com 800 hectares para instalação de 750 mil módulos solares bifaciais, e contempla também a implantação de um transformador no sistema de transmissão de uso restrito e compartilhado do Complexo Solar Janaúba.

Além disso o BNDES financiou, com R$ 418,5 milhões, a implantação de complexo de energia solar Irecê 1, localizado nos munícipios de João Dourado e Irecê, no semiárido baiano. A capacidade de energia limpa e renovável instalada no empreendimento será de 161 MWp (megawatt pico) com abatimento de aproximadamente 128 mil toneladas de CO2 por ano. O projeto será capaz de atender a demanda da Refinaria de Mataripe, a segunda maior do país, localizada em São Francisco do Conde (BA), a 420 quilômetros do parque.

 

Para saber mais, acesse as notícias do BNDES.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Financiamentos aceleram a transição energética no Brasil no site CNN Brasil.

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