Forbes atualiza lista de 10 mais ricos do mundo; veja o ranking e o que mudou

O aumento discreto foi reflexo de um mês instável para os bilionários: enquanto seis viram seus patrimônios crescerem, outros quatro enfrentaram perdas, em parte devido à correção de ações de tecnologia que vinham em trajetória de alta. A Forbes, que monitora os bilionários ao redor do mundo desde 1987 e teve sua lista anual publicada em abril de 2025, identificou 3.028 pessoas com esse perfil. Como os preços das ações oscilam com frequência, os valores de patrimônio líquido tendem a mudar diariamente. A seguir, confira as 10 pessoas mais ricas do mundo em 1º de setembro de 2025, segundo a publicação. Veja a lista abaixo da Forbes: 1. Elon Musk (Tesla, SpaceX e X): US$ 415,6 bilhões2. Larry Ellison (Oracle): US$ 270,9 bilhões3. Mark Zuckerberg (Meta): US$ 253 bilhões4. Jeff Bezos (Amazon): US$ 240,9 bilhões5. Larry Page (Google): US$ 178,3 bilhões6. Sergey Brin (Google): US$ 165,9 bilhões7. Bernard Arnault (LVMH): US$ 154,1 bilhões8. Steve Ballmer (Microsoft): US$ 151,3 bilhões9. Jensen Huang (Nvidia): US$ 150,4 bilhões10. Warren Buffett (Berkshire Hathaway): US$ 150,4 bilhões 1. Elon Musk Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, Paris, França 16/06/2023 — Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes Patrimônio líquido: US$ 415,6 bilhõesFonte da fortuna: Tesla, SpaceX, xAI, XIdade: 53 anosResidência: Austin, TexasCidadania: Estados Unidos A fortuna de Elon Musk aumentou US$ 14,4 bilhões no último mês, impulsionada principalmente por uma valorização de quase 8% nas ações da Tesla, fabricante de veículos elétricos. Apesar da alta, a empresa ainda enfrenta diversos desafios, incluindo uma ação coletiva movida por proprietários de carros da Tesla. Musk é CEO da Tesla e da SpaceX, presidente e diretor de tecnologia da rede social X (antiga Twitter) e fundador da empresa de inteligência artificial xAI. Nascido na África do Sul, mudou-se para o Canadá antes dos 18 anos, estudou na Queen’s University e depois na Universidade da Pensilvânia, onde se formou em economia. Sua trajetória empresarial inclui a criação do banco online X.com, que se fundiu com a empresa de Peter Thiel para formar o PayPal, vendido ao eBay em 2002. Musk fundou a SpaceX no mesmo ano e entrou na Tesla em 2004 como investidor e presidente, tornando-se CEO em 2008 e levando a empresa à bolsa em 2010. Ele também cofundou a OpenAI em 2015, mas deixou o conselho três anos depois. Musk tornou-se a pessoa mais rica do mundo em setembro de 2021, posição que manteve por boa parte de 2022. Após oscilar entre o primeiro e o segundo lugar nos anos seguintes, reassumiu a liderança em maio de 2024, após a xAI levantar US$ 6 bilhões em investimentos privados. Segundo ele, a empresa agora vale US$ 80 bilhões. O empresário possui cerca de 12% das ações da Tesla, parte das quais foi usada como garantia para empréstimos. Em junho de 2024, os acionistas aprovaram um pacote de opções de ações atreladas ao desempenho, que pode valer até US$ 90 bilhões. Esse mesmo pacote havia sido anulado por uma juíza de Delaware, que o classificou como a maior oportunidade de remuneração já vista nos mercados públicos. 2. Larry Ellison Larry Ellison, fundador da Oracle. — Foto: Oracle PR via Hartmann Studios Patrimônio líquido: US$ 270,9 bilhõesFonte da fortuna: OracleIdade: 80 anosResidência: Woodside, CalifórniaCidadania: Estados Unidos Larry Ellison manteve a segunda posição entre os mais ricos do mundo em 1º de setembro, mesmo após uma queda de US$ 28,7 bilhões em seu patrimônio. A diferença entre ele e Elon Musk, líder do ranking, aumentou para US$ 144,7 bilhões, ante US$ 101,6 bilhões no mês anterior. Em janeiro, Ellison participou do anúncio do Projeto Stargate, uma iniciativa conjunta entre sua empresa Oracle, a OpenAI, a Softbank e a MGX dos Emirados Árabes Unidos. O grupo prometeu investir US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos ao longo de quatro anos, mas reduziu suas metas para 2025, planejando construir apenas um pequeno centro de dados. Em agosto, Ellison se uniu ao filho, David, para viabilizar a fusão entre a Paramount e a Skydance Media, empresa de David. Após o acordo, passou a controlar cerca de 77,5% dos direitos de voto da nova companhia. Ele também investiu na Tesla e integrou o conselho da montadora entre 2018 e 2022. Cofundador da Oracle em 1977, Ellison foi CEO até 2014 e hoje atua como presidente do conselho e diretor de tecnologia. Em 2012, comprou 98% da ilha de Lanai, no Havaí, por US$ 300 milhões, e possui residências na Califórnia, Nevada e Flórida. 3. Mark Zuckerberg Mark Zuckerberg, CEO da Meta — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Patrimônio líquido: US$ 253 bilhõesFonte da fortuna: Meta (Facebook)Idade: 41 anosResidência: Palo Alto, CalifórniaCidadania: Estados Unidos Segundo levantamento da Forbes, o CEO da Meta encerrou o mês de agosto com uma perda de US$ 13,7 bilhões, após as ações da Meta Platforms — originalmente Facebook — caírem quase 5%. A queda foi atribuída, em parte, aos custos relacionados à inteligência artificial e a mais uma reestruturação na área. Zuckerberg cofundou o Facebook em 2004, enquanto estudava na Universidade Harvard. A plataforma se tornou a maior rede social do mundo, com bilhões de usuários. A empresa também é dona do Instagram e do WhatsApp, que foram adquiridos e ampliados sob sua gestão. Atualmente, Zuckerberg é CEO da Meta, que abriu capital em 2012. Ele ainda detém cerca de 13% das ações da companhia. 4. Jeff Bezos Jeff Bezos sofreu perdas bilionárias com queda das ações da Amazon — Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP Photo Patrimônio líquido: US$ 240,9 bilhõesFonte da fortuna: AmazonIdade: 61 anosResidência: Miami, FlóridaCidadania: Estados Unidos A fortuna de Jeff Bezos caiu US$ 5,5 bilhões em agosto, após as ações da Amazon recuarem 2,3% no mês. Fundador da gigante do comércio eletrônico em 1994, Bezos atuou como CEO até 2021 e hoje é presidente executivo do conselho. No mesmo ano em que deixou o comando da empresa, ele foi ao espaço em um foguete da Blue Origin, companhia aeroespacial que fundou e financia com bilhões de dólares. Neste verão, a empresa enviou uma tripulação feminina ao espaço, com nomes como Katy Perry, Gayle King e Lauren Sanchez, noiva de Bezos. Antes de criar a Amazon em sua garagem em Seattle, Bezos trabalhou no McDonald’s, formou-se em Princeton e atuou no fundo D.E. Shaw. A Amazon começou como uma livraria online e se transformou em uma potência do varejo digital, dominando o setor de armazenamento em nuvem e investindo em produção audiovisual para o Amazon Prime Video. Bezos liderou a lista de bilionários da Forbes entre 2018 e 2021, caindo para a segunda posição em 2022 e para a terceira em 2024. Em 2019, ele se divorciou de MacKenzie Scott, que ficou com 4% das ações da Amazon, enquanto ele manteve 12%. Desde então, reduziu sua participação para cerca de 9%, após vendas e doações de ações que somam mais de US$ 38 bilhões. Além da Amazon e da Blue Origin, Bezos investe em diversas empresas por meio da Bezos Expeditions, incluindo nomes como Airbnb e Workday. Sua trajetória reflete uma combinação de inovação, visão de longo prazo e diversificação de investimentos. 5. Larry Page Larry Page fundou a Calico (California Life Company), voltada para pesquisas sobre a longevidade — Foto: Divulgação Patrimônio líquido: US$ 178,3 bilhõesFonte da fortuna: GoogleIdade: 52 anosResidência: Palo Alto, CalifórniaCidadania: Estados Unidos A fortuna de Larry Page, cofundador do Google, cresceu mais de US$ 20 bilhões no último mês, impulsionada por uma alta de quase 9% nas ações da Alphabet. A gigante das buscas e da inteligência artificial teve desempenho positivo no mercado, mesmo com dificuldades enfrentadas por outras empresas de tecnologia. Page manteve a quinta posição no ranking da Forbes em relação ao mês anterior. Page fundou o Google em 1998 ao lado de Sergey Brin, colega de doutorado em Stanford. Ele foi CEO da empresa até 2001 e voltou ao cargo entre 2011 e 2015. Atualmente, é membro do conselho da Alphabet, holding que controla o Google, e continua sendo um dos principais acionistas da companhia. No fim de 2024, o Departamento de Justiça dos EUA recomendou que o Google vendesse o navegador Chrome, como forma de reduzir seu domínio na internet. A empresa respondeu afirmando que a medida prejudicaria os consumidores e a liderança tecnológica americana. A decisão pode ter influenciado a presença do CEO da Alphabet, Sundar Pichai, na cerimônia de posse de Donald Trump em janeiro. Além de sua atuação no Google, Page foi um dos investidores fundadores da Planetary Resources, empresa voltada à mineração de asteroides, que foi adquirida pela firma de blockchain ConsenSys em 2018.