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Fraude no INSS gera onda de desinformação nas redes; governo alerta para risco de golpes

por Redação
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Com o caso em evidência, criminosos têm aproveitado para aplicar novos golpes, disseminando fake news sobre o ressarcimento. As fraudes incluem mensagens enviadas por e-mail e WhatsApp prometendo devolver o dinheiro cobrado indevidamente. Mensagem que promete devolução é falsa Uma das estratégias dos golpistas é enviar mensagens que oferecem um link para supostamente agilizar a devolução dos valores descontados. O conteúdo dessas mensagens é #FAKE e visa roubar dados pessoais das vítimas. O Ministério da Previdência Social alertou que os ressarcimentos serão feitos exclusivamente na conta em que o beneficiário já recebe seu pagamento do INSS. “Da mesma conta que ele recebe o seu benefício previdenciário, vai ser depositado. Por isso eu peço: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”, afirmou o atual presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior. Site falso imita o g1 e promete indenização Outra fraude detectada é um anúncio que imita o layout do portal g1 e promete indenizações que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil para aposentados. O golpe inclui um link que leva a um site que simula ser uma plataforma oficial do governo, com símbolo “gov.br”, mas exige CPF e cobra uma taxa de R$ 61,90 para liberar a suposta indenização. O g1 desmentiu o conteúdo e alertou que nunca publicou reportagens com as informações mencionadas no golpe. A assessoria do INSS também confirmou que se trata de fake news. Distorções sobre a fraude Nas redes sociais, políticos também têm disseminado desinformação sobre o caso. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve mais de 85 milhões de visualizações, afirma que a fraude movimentou R$ 90 bilhões em 2023. Na realidade, esse é o valor total de empréstimos consignados liberados para beneficiários no ano passado. A fraude, segundo a PF, está estimada em R$ 6 bilhões. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu as declarações e ressaltou que as investigações e operações contra as fraudes ocorreram durante o governo Lula. “Foi no governo Bolsonaro que quadrilhas criaram entidades fantasmas para roubar os aposentados, sem que nada fosse feito para investigá-las ou coibir sua ação no INSS”, afirmou. Como se proteger Diante da onda de desinformação, o governo federal orienta os segurados a: Não clicar em links enviados por mensagens ou e-mails que prometem devolução de dinheiro.Conferir informações somente por meio de canais oficiais do INSS ou do governo federal.Denunciar tentativas de golpe às autoridades competentes. Fraude bilionária No final de abril, uma operação conjunta da PF e da CGU revelou que associações realizaram descontos indevidos nas aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. O esquema, que teria ocorrido entre 2019 e 2024, pode ter gerado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões. Segundo o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, as associações prometiam serviços como acesso a academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para oferecê-los. Além disso, falsificavam as assinaturas dos segurados para garantir os descontos. Seis servidores públicos foram afastados, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido após a operação. O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também perdeu o cargo após o escândalo. TCU dá 15 dias para INSS dizer como vai ressarcir aposentados

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