O modelo será oferecido em duas configurações. A versão já disponível nas concessionárias é a minibus, com 15 assentos para passageiros e um para o motorista. Em novembro, será lançada a versão furgão, para carga, além das variantes ambulância e refrigerada. Importada de Zárate, na Argentina, a Hiace é fruto de um investimento de US$ 50 milhões para viabilizar a produção da sexta geração da van, que já faz parte do portfólio global da Toyota em mais de 150 países desde 1967. Toyota Hiace tem espaço para 15 passageiros e o motorista — Foto: Divulgação | Toyota Mercado de vans Embora o segmento de vans seja menor que o de carros de passeio, ele tem relevância estratégica. Enquanto a Fiat Strada já emplacou mais de 75 mil unidades entre janeiro e julho deste ano, segundo dados da Fenabrave, a Renault Master — líder entre as vans — vendeu 9.164 unidades no mesmo período. A Hiace entra nesse mercado que também conta com: Fiat Ducato: 2.232 unidades;Ford Transit: 1.639 unidades;Iveco Daily: 1.048 unidades;Mercedes-Benz Sprinter: 784 unidades;Citroën Jumper: 218 unidades;Peugeot Boxer: 168 unidades. Com mais de 300 concessionárias espalhadas pelo país, a Toyota espera incomodar a concorrência e promete oferecer 10 anos de garantia para o modelo — desde que o cliente mantenha as revisões em dia a partir do quinto ano de uso. A Hiace será vendida nas mesmas lojas que comercializam os carros de passeio da marca, e o g1 já testou a novidade. Van chega para brigar com Mercedes-Benz Sprinter e companhia — Foto: Divulgação | Toyota Van com motor de Hilux A Hiace é equipada com o motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, o mesmo utilizado na Hilux — picape média da Toyota que concorre com Ford Ranger e Chevrolet S10. A diferença está na calibração. Enquanto a Hilux entrega 204 cv e 50,8 kgfm de torque, a Hiace oferece 174 cv e 45,8 kgfm. O câmbio é sempre automático de seis marchas. No teste realizado no Autódromo da Capuava, no interior de São Paulo, a van mostrou bom desempenho. Mesmo com 30 cv a menos que a Hilux, o torque garante aceleração eficiente. Os controles de estabilidade e tração ajudam a manter o veículo sob controle. Para segurança, há obrigatórios freios ABS nas quatro rodas e três airbags (frontais para motorista e passageiro, além de um para o joelho do motorista). Um dos destaques da Hiace é a posição de condução, mais próxima à de um carro de passeio e menos inclinada que a das vans tradicionais. Com tração traseira e peso de 2.640 kg, o modelo não transmitiu sensação de sobrecarga — até porque o veículo estava vazio. Com capacidade máxima de 15 passageiros e peso bruto total de 3.820 kg — o que exige CNH de categoria C —, o desempenho tende a ser mais limitado. Motor: 2.8 turbodiesel;Potência: 174 cv a 3.400 rpm;Torque: 45,8 kgfm a 1.600 rpm;Câmbio: automático de 6 marchas;Tração: traseira;Peso: 2.640 kg;Capacidade de carga: 1.180 kg ou 16 pessoas;Rodas: 16 polegadas de aço com calota;Pneus: 235/65;Consumo na cidade: 8,5 km/l;Consumo na estrada: 9,8 km/l. Versão Minibus é a única disponível por enquanto. As configurações Furgão, Ambulância e Refrigerada chegam em novembro — Foto: Divulgação | Toyota Vai incomodar a concorrência? Em relação à configuração de entrada da líder de mercado, a Renault Master L1H1 (L de “length”, comprimento; H de “height”, altura), a Hiace é: 84 cm mais comprida;12 cm mais estreita;2 cm mais baixa;68 cm maior no entre-eixos. Com essas dimensões, a largura e altura da Hiace se aproximam das vans concorrentes na configuração L1H1. No entanto, como a Toyota oferecerá apenas uma versão no Brasil — ao contrário das rivais, que têm opções maiores como L2H2 ou L3H2 —, a Hiace se posiciona entre uma L1H1 e uma L2H2. Apesar do porte, o comportamento dinâmico da Hiace é previsível. A suspensão não é excessivamente macia, como em outros modelos da Toyota, e o veículo não adorna tanto em curvas quanto as concorrentes. Isso se deve à configuração com McPherson e barra estabilizadora na dianteira, e feixe de molas na traseira — mesma solução usada na Hilux. Cabine funcional, mas falta esmero Por dentro, a Hiace oferece bom espaço, embora os bancos sejam simples. A central multimídia de 9 polegadas exibe as principais informações para o motorista, incluindo o histórico de consumo de combustível — dado essencial para quem usa o veículo profissionalmente. Segundo o Inmetro, o consumo é de 8,5 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada, sempre com diesel. O encosto central da primeira fileira pode ser rebatido, dando lugar a um console com dois porta-copos e apoio. Há saídas de ar-condicionado distribuídas pela cabine, garantindo conforto térmico para todos os ocupantes. Galerias Relacionadas 1/15 Toyota Hiace — Foto: Divulgação | Toyota Preço e garantia A Hiace chega com preço alinhado ao das principais concorrentes. A Ford Transit automática custa R$ 364.900 — apenas R$ 90 mais barata que a van da Toyota. Outros modelos têm os seguintes preços: Mercedes-Benz Sprinter manual: R$ 349.493,40;Fiat Ducato Comfort: R$ 375.990;Fiat Ducato Luxo: R$ 384.990;Renault Master: R$ 382.190. A Toyota ainda não divulgou metas de vendas para a Hiace, mas já preparou sua rede de concessionárias para atender os clientes que optarem por fazer a manutenção na rede autorizada. As três primeiras revisões são gratuitas. A garantia de 10 anos é ativada automaticamente com a realização das revisões programadas após o término dos cinco anos de garantia de fábrica.

