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Imigrantes partem do México rumo à fronteira dos EUA antes da posse de Trump

por Luciana Caczan
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Na quarta-feira (20), milhares de imigrantes no sul do México partiram para uma jornada na tentativa de chegar à fronteira dos Estados Unidos antes que o presidente eleito Donald Trump assuma o cargo, buscando escapar de possíveis medidas de controle de imigração.A caravana, que partiu logo após as 5 da manhã no horário local, era composta por imigrantes das Américas Central e do Sul. Eles caminharam de Tapachula até a cidade de Huehuetán, um percurso de mais de 25 quilômetros.Os imigrantes esperam que o sistema de agendamento para pedidos de asilo através do programa para pedido de asilo continue funcionando nas próximas semanas. Eles também apelaram ao governo mexicano para permitir sua livre circulação pelo país, facilitando sua chegada aos Estados Unidos.Em outubro de 2020, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP na sigla em inglês), lançou um aplicativo para dispositivos móveis chamado CBP One, para que os viajantes pudessem acessar certas funções da agência em dispositivos móveis. Nos últimos dois anos, a agência expandiu os usos do CBP One. O aplicativo se tornou a única forma para que imigrantes que chegam à fronteira dos EUA-México, buscando asilo em um ponto de entrada, agendarem previamente as entrevistas para processamento e manterem a elegibilidade garantida para o asilo.O CBP One também se tornou a única maneira de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que buscam obter autorização de viagem para conseguir autorização de permanência temporária por meio de programas especiais para essas nacionalidades, enviarem suas informações biométricas para a CBP.Nos últimos anos, várias caravanas com pessoas tentando entrar nos Estados Unidos tentaram chegar à fronteira entre os EUA e o México, viajando em grandes grupos para maior segurança. A maioria delas se dispersou ao longo do caminho.O organizador da caravana, Bryan Velazquez, um imigrante da Guatemala disse à agência Reuters que teme que as marcações via aplicativo sejam fechadas após a troca de governo.

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