Enquanto isso, a inflação acumulada nos 12 meses até fevereiro atingiu 66,9%, abaixo da taxa de 84,5% registrada no mês anterior. O índice oficial de preços do país apresentou progresso sob o governo do presidente ultraliberal Javier Milei, que tem empenhado esforços para conter os preços. Nos últimos meses, no entanto, a taxa mensal estagnou, ficando entre 2% e 3%. A Argentina passa por um grande ajuste econômico com Milei. O país já vinha enfrentando uma forte recessão econômica, e o presidente promoveu, então, um amplo corte de gastos públicos. Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. Quando o incentivo foi retirado, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. Por outro lado, o presidente conseguiu uma sequência de superávits (arrecadação maior do que gastos) e retomada da confiança dos investidores. (Saiba mais na reportagem especial abaixo) Milei busca manter o ímpeto positivo na economia em meio a negociações sobre um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a quem a Argentina deve mais de US$ 44 bilhões. Reduzir a inflação é fundamental para o governo do líder argentino, que deseja eliminar os controles de capital que prejudicam os negócios e os investimentos. Ele quer que a inflação permaneça abaixo de 2% para permitir o fim dos controles. A inflação anual na segunda maior economia da América do Sul chegou perto de 300% no início do ano passado, mas, desde então, caiu para dois dígitos, e analistas consultados pelo banco central preveem que a inflação no final de 2025 cairá para 23,3%. Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra
Inflação argentina fica em 2,4% em fevereiro e cai para 66,9% em 12 meses
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