Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% registrados até maio. No acumulado do ano, os preços subiram, em média, 3,06%. Em maio, o índice havia avançado 0,36%. Segundo o IBGE, os principais impactos na prévia da inflação de junho vieram dos grupos Habitação, com alta de 1,08% e contribuição de 0,16 ponto percentual, e Saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,29% e teve impacto de 0,04 p.p. Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou sua primeira queda (-0,02%) após nove meses seguidos de alta. ▶️ O resultado do grupo Habitação se deve ao acionamento da bandeira vermelha patamar 1, que impôs uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, elevando os preços da energia elétrica.▶️ No grupo Saúde e cuidados pessoais, o principal fator foi o reajuste nos planos de saúde, que subiram 0,57%.▶️ No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio caiu 0,24% em junho, com destaque para as quedas nos preços do tomate (-7,24%), ovo de galinha (-6,95%), arroz (-3,44%) e frutas (-2,47%). Veja abaixo a variação dos grupos em junho Neste mês, sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Habitação: 1,08%;Artigos de residência: 0,11%;Vestuário: 0,51%;Transportes: 0,06%;Saúde e cuidados pessoais: 0,29%;Despesas pessoais: 0,19%;Comunicação: 0,02%. Os dois grupos que teveram queda foram: Alimentação e bebidas: -0,02%;Educação: -0,02%. O que tem pesado na inflação? A energia elétrica residencial subiu 3,29% em junho e foi o item que mais influenciou o IPCA-15 no mês, com impacto de 0,13 ponto percentual (p.p.). A redução no volume de chuvas e a menor geração por hidrelétricas tornaram necessário o acionamento de usinas termoelétricas, que possuem custo de produção mais alto. Quando a geração se torna mais cara, a cobrança adicional é aplicada automaticamente nas contas de luz. Ainda no grupo Habitação, a tarifa de água e esgoto subiu 0,94%, refletindo reajustes de 9,88% em Brasília, com impacto de 4,43% a partir de 1º de junho. No grupo Vestuário, que registrou alta de 0,51%, destacaram-se os aumentos nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%). O grupo Saúde e cuidados pessoais teve variação de 0,29%, influenciado principalmente pelo reajuste nos planos de saúde, que subiram 0,57%. No grupo Transportes, que variou 0,06%, o resultado reflete a gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (1,22%) e no ônibus urbano (1,39%) em cidades como Brasília (21,54%) e Belém (11,52%), além da redução tarifária em Curitiba (5,08%) nesses mesmos dias. Os combustíveis registraram queda de 0,69% em junho, após alta de 0,11% em maio. Os recuos foram observados no óleo diesel (-1,74%), etanol (-1,66%), gasolina (-0,52%) e gás veicular (-0,33%). No grupo Alimentação e bebidas, que teve leve queda de 0,02%, a alimentação no domicílio recuou 0,24%, puxada pelas quedas nos preços do tomate (-7,24%), ovo de galinha (-6,95%), arroz (-3,44%) e frutas (-2,47%). Em contrapartida, a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%) apresentaram alta. A alimentação fora do domicílio subiu 0,55%, desacelerando em relação a maio (0,63%). O destaque foi o lanche, cuja alta passou de 0,84% para 0,32%. Já a refeição teve aceleração, de 0,49% para 0,60%. Talão de conta de luz Copel — Foto: Guilherme Pupo