O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse nesta terça-feira (3) que, se o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah fracassar, as Forças Armadas não farão mais distinção entre o Líbano e o Hezbollah.Em uma visita à fronteira norte, Katz pediu ao governo libanês que “autorize o Exército do Líbano a cumprir sua parte, a manter o Hezbollah longe do Litani e a desmantelar toda a infraestrutura do grupo”.Katz enfatizou: “Se o cessar-fogo fracassar, não haverá mais isenção para o Estado do Líbano. Aplicaremos o acordo com o máximo impacto e tolerância zero. Se até agora diferenciamos entre o Líbano e o Hezbollah, esse não será mais o caso.”Entenda os conflitos no Oriente MédioNo final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.