Infográfico – Plano de socorro do governo a empresas afetadas pelo tarifaço de Trump. — Foto: Arte/g1 Em falas recentes, Lula afirmou que pretende telefonar para líderes de países como África do Sul (Cyril Ramaphosa), México (Claudia Sheinbaum), França (Emmanuel Macron), Alemanha (Friedrich Merz) e Reino Unido (Keir Starmer), além da União Europeia (Ursula von der Leyen). Segundo integrantes do governo, a primeira ligação deve ser para o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. A África do Sul é parceira do Brasil no Brics e, dos fundadores do bloco, Lula só não conversou com Ramaphosa. Busca por novos mercados Desde que Trump enviou uma carta pública a Lula e anunciou a tarifa de 50%, o governo federal está em busca de ampliar o mercado de exportação do Brasil para tentar amenizar os impactos da taxação às empresas brasileiras. Trump tem criticado países do Brics, acusando o bloco de países emergentes de promover “políticas antiamericanas” – nos casos de Brasil e Índia, a tarifa é de 50%. Lula, Donald Trump, Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes são os principais atores políticos da notícias de julho. — Foto: Evaristo Sa/AFP//Antonio Augusto/STF//Adriano Machado/Reuters//Patrick Semansky/AP Segundo interlocutores do governo, as ligações feitas também tentam alinhar um discurso de defesa do sistema multilateral de comércio. A avaliação é que as medidas de Trump afeta a todos os países e vai muito além do Brics. Disputa na OMC Na semana passada, em um evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que vai pedir aos países, nessas ligações, “que tomem decisão sobre o que está acontecendo”. 🔎As consultas dão às partes a oportunidade de discutir a questão e encontrar uma solução sem prosseguir para um julgamento. Caso as consultas não resolvam a disputa dentro de 60 dias, o reclamante — no caso, o Brasil —poderá pedir que um painel da OMC decida sobre o caso. A reforma da OMC é um dos temas no radar de Lula e pode entrar em um encontro virtual com líderes do Brics. O Brasil está na presidência do bloco e tenta acertar uma data para esse diálogo. A defesa do multilateralismo e a reforma da OMC são temas que aliados de Lula consideram passíveis de uma posição afinada dentro do Brics, já que cada integrante tem negociado o tarifaço de forma própria com os EUA.
Lula planeja nova rodada de ligações a líderes de países para discutir alternativas ao tarifaço
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