O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse nesta quinta-feira (21) que o seu partido, o MDB, vai apoiar a agenda de cortes de gastos do governo no Congresso Nacional. Renan afirmou que conversou com o presidente do partido, Baleia Rossi (SP), o líder na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), e o líder no Senado, Eduardo Braga (AM), sobre a agenda fiscal do governo. “O partido apoia integralmente a decisão que o senhor vai tomar para que a gente possa garantir dólar a uma cotação menor, juro caindo, para que essa agenda possa atrair cada vez mais investimento para o Brasil”, disse em evento no Palácio do Planalto. “Talvez caiba ao MDB, em uma das duas Casas, cuidar da agenda econômica do país para o segundo biênio. Está sendo costurando esse entendimento, depois converso com o senhor sobre isso”, acrescentou. O MDB tem uma bancada de 44 deputados, de um total de 513 parlamentares na Câmara, e 10 senadores de um total de 81 senadores. ‘Principais diretrizes já foram dadas pelo presidente’, diz Rui Costa sobre corte de gastos No governo Lula, três ministros são do MDB: Planejamento: Simone Tebet (MDB-MS), senadora e candidata à Presidência em 2022Cidades: Jader Filho (MDB), presidente do MDB do Pará, filho do senador Jader Barbalho (MDB) e irmão do governador do Pará, Helder BarbalhoTransportes: Renan Filho (MDB-AL), senador eleito e ex-governador de Alagoas Renan comanda a pasta com o 7º maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Para 2025, o Ministério dos Transportes deve contar com R$ 30,7 bilhões para orçamento. ‘Selo de bom pagador’ Segundo Renan Filho, o MDB defende “há muito tempo” a agenda de equilíbrio fiscal, por isso é coerente apoiar o pacote de corte de gastos que o governo discute. “Eu sei que o presidente está precisando discutir com múltiplos agentes essa agenda do equilíbrio fiscal. Um partido que apoia e que defende o equilíbrio fiscal, como o MDB, é uma importante sustentação para decisão que o presidente Lula vai tomar”, declarou. Renan afirmou que é “importante fazer logo” o anúncio do pacote a fim de perseguir o grau de investimento fornecido por agências internacionais, uma espécie de “selo de bom pagador” que assegura aos investidores um menor risco de calotes. “É importante fazer logo para ancorar expectativas e para apontar para um segundo biênio de mais crescimento, que vai nos levar ao grau de investimento”.