Ministério Público junto ao TCU pede apuração de possíveis irregularidades no consignado

Ministério Público junto ao TCU pede apuração de possíveis irregularidades no consignado

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a Corte apure possíveis irregularidades na criação e regulamentação do crédito consignado, especialmente na modalidade de cartão de crédito consignado. 🔎O crédito consignado é um tipo de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente e de forma automática do salário (ou contracheque) ou do benefício (como aposentadoria ou pensão do INSS) de quem pede o empréstimo. No pedido encaminhado ao TCU, Furtado afirmou que “o que inicialmente se apresentava como uma ferramenta de inclusão e apoio financeiro” se tornou uma ferramenta que “perpetua o endividamento das populações mais vulneráveis”. “Isso ocorre porque essa modalidade de crédito passou a comprometer parcela substancial da renda das famílias, agravando desigualdades sociais e convertendo direitos sociais em ativos financeiros”, disse. Veja os vídeos que estão em alta no g1 “Ao atuar como garantidor do sistema financeiro, o Estado reforçou essa lógica perversa, permitindo que interesses privados se sobrepusessem ao bem-estar coletivo”, completou o subprocurador. Furtado também solicita que a Corte avalie a responsabilidade do INSS e de seus gestores pela edição de normas infralegais que, segundo ele, extrapolam a competência do órgão e possibilitam a continuidade de práticas abusivas. Na representação, o subprocurador recomenda ainda que o INSS revise suas normas relacionadas ao crédito consignado, de modo a assegurar maior transparência e prevenir o superendividamento dos beneficiários. Dinheiro, real, notas de R$ 100, contagem de cédulas — Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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