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Mudanças no IR: quem ganha mais de R$ 7 mil fica sem desconto e não pagará menos imposto, diz proposta do governo

por Redação
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A equipe econômica informou que, pela proposta de mudanças no Imposto de Renda que está sendo enviada nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional, os benefícios estarão limitados a quem ganha até R$ 7 mill. Acima desse valor, haverá incidência normal da tabela do Imposto de Renda – que não está sendo alterada. Por isso, contribuintes que ganham acima de R$ 7 mil não serão beneficiados, ou seja, continuarão tendo a mesma incidência do IR, sem mudanças e, portanto, sem redução de imposto. “A dedução só se aplica a quem recebe até R$ 7.000,00 mensais. Quem ganha R$ 10.000,00 ou mais recolherá IR normalmente, conforme a tabela progressiva”, informou a equipe econômica. Isso ocorre, segundo a proposta, porque a tabela progressiva do Imposto de Renda será mantida. A tabela em vigor é a seguinte: Tabela do Imposto de Renda — Foto: Reprodução site da Receita Federal O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, informou que os trabalhadores que recebem acima de R$ 7 mil, embora não possam contar com descontos no imposto pago, serão um pouco menos tributados pela atualização da isenção para dois salários mínimos neste ano (R$ 3.036,00). “Assim que aprovada a lei [orçamentária] desse ano, e atualizar o valor da isenção para dois salários mínimos, R$ 3.036, essa isenção também vai aproveitar quem recebe acima de R$ 7 mil”, declarou Dario Durigan, do Ministério da Fazenda. Atualmente, a faixa de isenção do IR está em R$ 2.824. Mas, ainda este ano, o governo prevê aumentar esse valor para R$ 3.036 (dois salários mínimos), mudança que também precisa passar pelo Congresso. No caso da isenção, se a proposta for aprovada, cerca de 10 milhões de contribuintes devem deixar de pagar IR a partir de 2026. O aumento da isenção do IR, que beneficia a classe média, é uma aposta do governo para tentar melhorar a popularidade do presidente Lula. Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 26 bilhões em 2026, o governo propõe taxar quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.

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