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Natura estuda possível venda da operação Avon fora da América Latina; entenda relação entre as marcas

por Redação
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A empresa brasileira de cosméticos já havia informado, em 4 de dezembro de 2024, que retomou os estudos de alternativas estratégicas para a Avon fora da América Latina e que isso poderia levar a uma venda total da operação, ou outros tipos de parcerias comerciais. “Nesse contexto, (a Natura) vem mantendo tratativas gestora IG4 visando uma potencial transação de venda das operações da Avon fora da América Latina”, disse a companhia. O comunicado, assinado pelo diretor financeiro da Natura, Guilherme Castellan, ainda destaca que as negociações “vem sendo mantidas em exclusividade, mas estão ainda em estágio inicial e a Companhia permanece avaliando outras alternativas estratégicas”. Mari Maria: “Eu sou obcecada por maquiagem. E encontrei aí um gap” O histórico de união da Avon e da Natura À época, o cofundador da Natura Luiz Seabra afirmou que a união criava “uma força importante no segmento”. “Acreditamos que os negócios podem ser uma força para o bem e, com a Avon, ampliaremos nossos esforços pioneiros para levar valor social, ambiental e econômico a uma rede em constante expansão”. Já o então presidente do conselho da Avon, Chan Galbato, afirmou que estava “confiante” que a Natura seria uma “parceira poderosa para a marca, ao mesmo tempo em que oferece mais escala, operações e oportunidades ampliadas para colaboradores e Representantes, além de tremendo potencial de ganho para acionistas de ambas as empresas”. Apenas quatro anos após a fusão, no entanto, em fevereiro de 2024, a Natura anunciou a possibilidade de uma cisão da Avon, citando que as operações de cada uma das empresas do grupo atuavam de formas independente. Recuperação judicial da Avon Products Os estudos sobre a possível separação do grupo foram interrompidos em agosto de 2024, depois da Avon Products — subsidiária não operacional do Grupo Natura para o controle da Avon em outros países — entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, para ter proteção contra seus credores enquanto desenha uma reestruturação financeira. Em um comunicado enviado ao mercado à época do anúncio da recuperação, a Natura disse que é a maior credora da Avon, mas que continuava acreditando no potencial da marca e, por isso, forneceria auxílio financeiro para a companhia durante o período de reestruturação. Os efeitos da recuperação judicial já começaram a ser sentidos no caixa da Natura. Em seu último balanço corporativo, relativo ao terceiro trimestre de 2024, a companhia teve um prejuízo de R$ 7 bilhões no período. No mesmo trimestre de 2023, o resultado das operações foi de um lucro de R$ 6,7 bilhões. No entanto, segundo a Natura, esse prejuízo é resultado de um “efeito não-operacional e não-caixa”. Ou seja, não está diretamente ligado às atividades centrais da empresa e ne ao dinheiro que tem em caixa. O prejuízo, porém, representa as dívidas da Avon Products com a Natura. O processo de recuperação judicial continua, mas a Natura já voltou a negociar a possível venda da operação.

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