O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) cumpriu dez mandados de busca e apreensão contra criminosos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu – Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho (Seap/HA). A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (12).
A “Operação Mensageiros” combate um esquema de extorsão contra presos em troca da emissão de laudos e atestados médicos. Segundo o GAECO/MPRJ, a investigação começou a partir de informações da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária, que revelou como o esquema funcionava.
Inspetores Policia Penais identificavam os detentos com maior poder aquisitivo e, quando era exigido um laudo médico ou nutricional, o grupo criminoso obrigava que quantias elevadas fossem pagas para o fornecimento de documentos que favorecessem os presos. Um desses favorecimentos seria a prisão domiciliar.
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A pedido do MPRJ, a 3ª Vara Especializada em Organizações Criminosas determinou o afastamento do subsecretário de Tratamento Penitenciário da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Lúcio Flávio Correia Alves.
Além dele, os inspetores envolvidos, identificados como Thiago Franco Lopes, Aleksandro dos Santos Rosa e Márcio Santos Ferreira, também foram afastados por suspeita de corrupção ativa e passiva e concussão. Os policiais foram proibidos de assumirem novas funções públicas.
Segundo as investigações, uma advogada também estaria envolvida no esquema, ao atuar como intermediária entre detentos e familiares para a exigência dos pagamentos.
A operação contou com apoio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e com o acompanhamento da Comissão de Defesa de Prerrogativas da OAB e da Corregedoria da Seap/RJ.
A CNN tenta contato com a Seap e o espaço segue em aberto.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Operação combate extorsão contra presos em hospital penitenciário no RJ no site CNN Brasil.
