O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e abastecia cerca de um terço do mercado dos Estados Unidos, o maior consumidor global da bebida. Às 10h30 (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE, referência global para o setor, caíam 4,3% e eram negociados a US$ 3,6040 por libra-peso. Mais cedo, chegaram a cair mais de 6%, no menor nível em dois meses. Os futuros do café robusta, usado em cafés solúveis e misturas para o torrado e moído, também caíam mais de 4% no mesmo horário, para US$ 4.415 por tonelada métrica. Mais cedo, chegaram a baixar 8%. Leia mais sobre a retirada das tarifas: Saca de café em fazenda perto de Brasília em 15 de julho de 2025 — Foto: Adriano Machado/Reuters Oliver Stucker analisa EUA zerarem tarifaço sobre produto do Brasil Oferta limitada Apesar do otimismo com a retirada das tarifas, um trader de uma grande comerciante global de café diz não acreditar que o preço ficará muito abaixo do patamar atual. Segundo ele, a safra global do café arábica ainda está deficitária, os estoques estão baixos e o mercado ainda enfrenta riscos de oferta por causa do fenômeno climático La Niña. Um corretor de Londres afirmou que o mercado reagiu de forma exagerada ao recuo nas tarifas, já que a decisão era, até certo ponto, esperada. “(A medida) pareceu chocar mais do que provavelmente deveria”, disse ele. Além das tarifas, operadores também avaliam os danos provocados por enchentes e deslizamentos na principal região cafeeira do Vietnã, maior produtor mundial de robusta. Um corretor de café sediado em Londres disse que o mercado havia reagido de forma um pouco exagerada à reviravolta das tarifas de Trump, uma vez que ela era, até certo ponto, esperada. “(A medida) pareceu chocar mais do que provavelmente deveria”, disse ele. Valdo: recuo de Trump é derrota para Eduardo Bolsonaro e vitória para Lula
Preços globais do café despencam após Trump retirar tarifas sobre Brasil
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