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‘Prévia do PIB’ do Banco Central indica expansão de 0,3% no 2º trimestre, com forte desaceleração

por Redação
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O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com o primeiro trimestre de 2025. O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra forte desaceleração da economia. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão bem maior: de 1,5%.O crescimento do IBC-Br no 1º trimestre 2025 foi o sétimo resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%). EVOLUÇÃO DO IBC-BR (EM %) CONTRA O TRIMESTRE ANTERIOR, COM AJUSTE SAZONAL Fonte: BANCO CENTRAL Os dados do BC mostram que o setor de serviços foi o principal “motor” do ritmo de crescimento da economia no segundo trimestre deste ano. Ao mesmo tempo, após forte expansão nos três primeiros meses do ano, a agropecuária mostrou retração no último trimestre. Veja abaixo o desempenho setor por setor: Agropecuária: – 3,1%Indústria: + 0,1%Serviços: + 0,7% PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 2 de setembro. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem-estar social. Desaceleração esperada da atividade A desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre deste ano já era esperada tanto pelo mercado financeiro quanto pelo Banco Central, diante do elevado nível da taxa de juros. ▶️O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um “elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]”. ▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada no início de agosto, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação. ▶️O Banco Central também informou que a atividade econômica doméstica “tem indicado certa moderação no crescimento e, ao mesmo tempo, apresentado dados mistos entre os setores e indicadores”. Mês de junho De acordo com o Banco Central, em junho deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma contração de 0,1%. Mesmo assim, houve melhora na comparação com maio, quando o indicador teve retração maior: de 0,7%.Esse também foi o segundo mês seguido de queda do indicador. A última alta mensal do índice foi em abril (0,1%).Na comparação com junho de 2024, a chamada prévia do PIB do BC teve alta de 1,4% (sem ajuste sazonal). Ainda segundo o Banco Central, o IBC-Br apresentou crescimento de 3,2% na comparação com os seis primeiros meses de 2024. E, em 12 meses até junho, a expansão foi de 3,9%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal. PIB X IBC-Br Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, pode haver mais pressão inflacionária, o que contribuiria para conter a queda dos juros.

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