Imigrantes foram vistos chorando na Ciudad Juarez, México, perto da fronteira com os EUA na segunda-feira (20), quando suas nomeações no aplicativo CBP One cancelados logo após Donald Trump assumir o cargo.“Justo quando eu pensava que tudo tinha sido alcançado, tudo desmoronou, meu Deus”, exclamou a colombiana Margaly Tinoco, que chorou em desespero na passagem de fronteira de Paso del Norte.Ela compartilhou com a Reuters que não tinha certeza do que fazer com seu filho de 13 anos, pois eles não tinham onde morar e não podiam retornar à Colômbia, de onde foram forçados a sair.A cena aconteceu em várias cidades da fronteira mexicana.O recém-empossado presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira (20) que declararia a imigração ilegal na fronteira EUA-México uma emergência nacional, enviaria tropas e aumentaria deportações de criminosos, descrevendo a repressão em seu discurso inaugural.Logo após a posse, as autoridades de fronteira dos EUA declararam que haviam encerrado o programa de entrada legal CBP One do presidente Joe Biden, que havia permitido que centenas de milhares de migrantes entrassem nos EUA legalmente agendando um horário em um aplicativo.Os horários existentes foram cancelados, conforme a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.Imigração na mira de TrumpCerca de 280 mil pessoas estavam acessando o aplicativo diariamente para garantir um agendamento até 7 de janeiro.Trump reconquistou a Casa Branca após prometer intensificar a segurança da fronteira e deportar um número recorde de imigrantes.Havia cerca de 11 milhões de imigrantes nos EUA ilegalmente ou com status temporário no início de 2022, segundo uma estimativa do governo dos EUA, um número que alguns analistas agora colocam em 13 milhões a 14 milhões.Os americanos se tornaram menos receptivos a imigrantes sem condição legal desde a primeira presidência de Trump, mas continuam cautelosos com medidas severas, como o uso de campos de detenção, revelou uma pesquisa da Reuters/Ipsos em dezembro do ano passado.