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‘Quase 100% da carne comprada pelo Carrefour França é produzida na França’, diz gigante do varejo após fala polêmica de CEO

por Redação
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Apesar disso, quase a totalidade das carnes que os supermercados franceses compram é da própria França, conforme detalhou a companhia nesta tarde, após o g1 questionar a quantidade do produto adquirida pela companhia do Mercosul e do Brasil. Portanto, a medida não deve ter impacto para os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Fala de CEO e protestos na França Os produtores rurais do país são contra o acordo de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Um dos receios deles é de que o tratado torne os produtos agrícolas sul-americanos mais baratos no território, reduzindo a competitividade das mercadorias europeias. Se aprovado, o tratado vai facilitar a entrada, na Europa, de mercadorias como carne bovina, frango, açúcar, milho e soja, produtos que o Brasil lidera na exportação. Agro e governo brasileiros reagiram A medida anunciada pelo CEO do Carrefour Global repercutiu negativamente entre as associações brasileiras e sul-americanas do agronegócio, assim como no Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa). “O Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor”, disse o Ministério. A pasta afirmou ainda que o Brasil atende aos padrões “rigorosos” da União Europeia e que o bloco compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade das carnes do país. O que disse o agro do Brasil A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) também lamentou a declaração de Bompard e disse que o posicionamento do CEO “é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras”. A instituição destacou ainda que a medida coloca em risco o próprio negócio, uma vez que a produção local não supre a demanda interna. Segundo a Abiec, em 2023, o Brasil respondeu por 27% das importações de carne bovina da União Europeia e o Mercosul, por 55%. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também lamentou o ocorrido e disse que os argumentos são equivocados ao afirmar que as carnes produzidas pelos países-membros do Mercosul não respeitam os critérios e normas do mercado francês. “A argumentação é claramente utilizada para fins protecionistas”, diz nota. Produtores rurais do Mercosul também reagiram “Os produtores rurais da Farm e suas entidades aqui representadas não aceitarão ataques injustificados e se reservam o direito de reagir de maneira firme, seja por vias econômicas ou institucionais, para proteger a imagem e os interesses do setor agropecuário de seus países.” Vinho despejado, estrume e bloqueios: agricultores franceses protestam

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