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‘Supertaxa das blusinhas’ de Trump entra em vigor nesta sexta-feira

por Redação
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A ordem executiva foi assinada pelo republicano no começo de abril. A medida, semelhante à decisão do governo brasileiro que colocou um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e que ficou conhecida no Brasil como “taxa das blusinhas”, coloca fim à brecha comercial norte-americana conhecida como “minimis”, que permitia que pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong entrassem nos EUA livres de impostos. Com isso, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passam a ter um imposto de 120% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. A expectativa é que essa taxa aumente para US$ 200 (R$ 1,1 mil) após 1º de junho. Antes, essas remessas eram isentas de tributos. De acordo com as diretrizes mais recentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), a partir de hoje, as remessas que chegarem aos EUA vindos da China e de Hong Kong, independentemente do tamanho, estarão sujeitas às novas tarifas de Trump de 145%. Ainda se somam a esse valor quaisquer taxas anteriores, exceto para produtos como smartphones, que foram excluídos no mês passado. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, ainda de acordo com a agência de notícias, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos “minimis”. Desse total, cerca de 60% vinham da China. Trump amplia ‘taxa das blusinhas’ nos EUA e encarece produtos chineses Efeitos das taxas A ordem executiva assinada por Trump atinge em cheio varejistas chinesas como Shein e Temu, que respondem pela maior parte das remessas chinesas que chegam aos EUA. Tanto que, após o anúncio da medida, a Temu chegou a expandir rapidamente para um modelo de entregas semelhante ao da Amazon, que envia as mercadorias a granel para armazéns no exterior em vez de diretamente aos clientes. Com receio do aumento de preços, consumidores norte-americanos chegaram a estocar produtos vindos das varejistas chinesas. As exportações da China também registraram uma alta de 12,4% em março em comparação ao mesmo mês do ano passado, atingindo o maior nível em cinco meses. O aumento veio após as fábricas do país aceleraram os embarques antes da entrada em vigor das novas tarifas dos EUA. *Com informações da agência de notícias Reuters. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump

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