Apesar da nova taxa, o republicano destacou um acordo comercial com Seul que, segundo ele, prevê investimentos e compras bilionárias por parte do país asiático. “A Coreia do Sul dará aos Estados Unidos US$ 350 bilhões para investimentos”, escreveu Trump na Truth Social, sua rede social. Ele também disse que Seul se comprometeu a comprar cerca de US$ 100 bilhões em gás natural liquefeito ou outros produtos energéticos norte-americanos. A tarifa de 15% anunciada agora é mais branda do que os 25% que haviam sido cogitados anteriormente pela Casa Branca. Ainda assim, o governo sul-coreano deverá arcar com custos significativos para manter o acesso ao mercado americano. Trump acrescentou que uma “grande quantia de dinheiro” adicional — que não foi detalhada — também será investida por Seul como parte do acordo. Desde que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano, Trump tem adotado uma política comercial agressiva, com tarifas generalizadas de 10% sobre importações de países aliados e rivais. A partir de 1º de agosto, essas taxas devem subir para dezenas de economias, com cobranças ainda mais elevadas sobre setores estratégicos como aço, alumínio e automóveis. A medida faz parte da estratégia do republicano para estimular a indústria norte-americana e reduzir o déficit comercial dos EUA. No entanto, as novas tarifas têm gerado apreensão entre parceiros comerciais e especialistas, que temem uma escalada de tensões econômicas globais. Trump durante reunião com chefe da Otan na Casa Branca, em 14 de julho de 2025 — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP As cartas e os acordos de Trump Os documentos estipulam tarifas entre 20% e 50% sobre produtos importados de cada país, com aplicação prevista para 1º de agosto, caso não seja firmado um acordo com os EUA. Até o momento, foram enviadas 25 notificações, sendo o Brasil o país com a maior tarifa. Veja a lista completa de países que receberam as cartas de Trump: Brasil: 50%*Laos: 40%Myanmar: 40%Camboja: 36%Tailândia: 36%Bangladesh: 35%Canadá: 35%Sérvia: 35%Indonésia: 32%África do Sul: 30%Argélia: 30%Bósnia e Herzegovina: 30%Iraque: 30%Líbia: 30%México: 30%Sri Lanka: 30%União Europeia: 30%Brunei: 25%Cazaquistão: 25%Coreia do Sul: 25%Japão: 25%Malásia: 25%Moldávia: 25%Tunísia: 25%Filipinas: 20% As exceções constam no anexo da ordem executiva e passam a valer a partir da data de entrada em vigor da medida. No caso das aeronaves, a Embraer foi a maior beneficiada. Os americanos são responsáveis por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% das de jatos executivos da fabricante brasileira. As ações da empresa dispararam 10% com a entrada do setor aeronáutico entre as exceções. Infográfico – Lista de isenções ao tarifaço de Trump — Foto: Arte/g1 Produtos fora do tarifaço de Trump representam 43% do valor total das exportações pros EUA
Tarifaço de Trump: EUA chegam a acordo com Coreia do Sul e reduzem taxa para 15%
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