Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela que São Paulo e Rio de Janeiro devem enfrentar um aumento entre 20% e 30% na ocorrência de tempestades severas entre 2025 e 2034.
A CNN teve acesso ao relatório inédito, coordenado por Osmar Pinto Junior, do grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, que associa o fenômeno ao aquecimento global e à intensificação do El Niño.
O estudo analisou dados históricos da última década (2015-2024) e elaborou projeções climáticas para os próximos dez anos
A pesquisa define tempestades severas como aquelas com alta incidência de descargas atmosféricas e/ou fortes rajadas de vento, capazes de causar danos significativos, uma tempestade normal tem em média 100 raios, já as severas têm mil, durante a duração da chuva.
“Nós tínhamos um raio-x do que aconteceu nos últimos dez anos, a partir disso, dessa relação entre as tempestades que ocorreram e as condições meteorológicas, nós verificamos quais são as projeções pra a próxima década. Nós chegamos a um resultado que as tempestades severas vem aumentando. A população tinha esse sentimento, mas agora temos a comprovação cientifica”, explica Osmar Pinto Jr., coordenador do estudo.
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A previsão é de que o aumento das tempestades seja impulsionado principalmente pelo aquecimento global e pelo aumento esperado na frequência do El Niño
Segunda a Defesa Civil de São Paulo, desde o inicio da “Operação Verão”, em dezembro de 2024, até o momento, 19 pessoas morreram no estado por conta das fortes chuvas.
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1 de 14Fortes chuvas atingem a capital paulista nesta sexta (24)
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13 de 14Passageiros caminham pelos trilhos após alagamento na região da estação Brás, em São Paulo • Alex Miranda/Ato Press/Estadão Conteúdo – 24.jan.2025
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Raios e trovões
Além dos riscos à vida, com uma média de 100 mortes por raios no Brasil a cada ano nas últimas duas décadas, as tempestades severas causam prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão anuais, principalmente no setor elétrico, telecomunicações e indústria, segundo o levantamento.
As cidades de São Paulo e Manaus lideram as mortes por raio, a primeira por conta da quantidade populacional e a segunda, por ser um local com muitas atividades e trabalhos ao céu aberto.
O estudo não monitora os prejuízos decorrentes de inundações e vendavais, também associados a esses eventos climáticos extremos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Tempestades severas devem aumentar 30% em SP na próxima década no site CNN Brasil.